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Ministério Público concorda em liberar empresário preso
Dono de laboratório envolvido na operação Lava a Jato decidiu colaborar com apuração
O Ministério Público Federal concordou em soltar o empresário Leonardo Meirelles, um dos sócios da Labogen. A Justiça deve decidir a liberação dele nos próximos dias.
Meirelles resolveu colaborar com investigação da Polícia Federal e contou que um financiamento de R$ 31 milhões do Ministério da Saúde para o laboratório foi obtido graças a "contatos políticos" do doleiro Alberto Youssef.
O vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR), é um deles, segundo mensagens interceptadas pela PF. Anteontem, o deputado disse que apenas encaminhou Youssef ao ministério.
Meirelles e Youssef foram presos em 17 de março na Operação Lava Jato. O doleiro é acusado de comandar um esquema de lavagem que movimentou R$ 10 bilhões. A Labogen teria sido usada por ele para movimentar US$ 37 milhões em simulações de importações e exportações.
O laboratório conseguiu financiamento do governo no fim de 2013 para produzir um medicamento. A PF suspeita que a empresa foi usada para pagar propina.
O advogado de Meirelles, Haroldo Nater, disse à Folha que o empresário emprestou a empresa ao doleiro porque precisava de recursos para investir no laboratório. O ministério cancelou a parceria.