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País teve 136 agressões a jornalistas no ano passado

Cobertura de protestos motivou alta de 232%

DO RIO

No ano em que os protestos populares tomaram as ruas do Brasil, as agressões a jornalistas no país cresceram 232%, segundo o Conselho de Defesa da Pessoa Humana (CDPH), do governo federal.

Enquanto em 2012 houve 41 casos de violência, em 2013 o número saltou para 136.

O estudo foi apresentado ontem no seminário "A Liberdade de Expressão e o Poder Judiciário", no Rio. Segundo Tarciso Jardim, do CDPH, a alta em 2013 se deveu principalmente aos protestos iniciados em junho. Ele defendeu a criação de um protocolo policial para evitar agressões a jornalistas por parte da polícia e para protegê-los de ataques de manifestantes.

Segundo o levantamento, desde 2009 o Brasil registrou 321 casos de violência contra jornalistas e comunicadores, com 18 assassinatos. Para Guilherme Canela, assessor regional da Unesco, a agressão a jornalistas é um ataque à liberdade de expressão: "Se o cidadão percebe que nem os jornalistas estão protegidos, ele imagina que ele também não está, bem como o seu direito de se expressar".

O seminário, promovido pelo Supremo Tribunal Federal, ONU, OEA e Unesco, teve como objetivo debater o papel do Judiciário na garantia da liberdade de expressão.

"A impunidade retroalimenta a violência. Há lugares em que há poucos casos de violência, mas uma autocensura absurda, porque ameaças anteriores já deram conta do recado", disse Canela.


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