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Morre Peter D. Bell, que ajudou a fundar o Cebrap

Na Fundação Ford, americano desafiou ditadura ao liberar empréstimo a centro

DE SÃO PAULO

O professor americano Peter D. Bell morreu na última sexta-feira, dia 4, aos 73 anos, em decorrência de um câncer no pulmão, em Boston, nos Estados Unidos.

Formado em Yale e mestre em relações internacionais por Princeton, Peter Bell construiu uma prestigiada carreira entre as fileiras do mundo acadêmico e de agências bancadas pelo governo americano ou pertencentes a ele. Foi ainda diretor de organizações internacionais como a Human Rights Watch, dedicada aos direitos humanos.

No Brasil, ficou conhecido por sua atuação na Fundação Ford, onde trabalhou por 12 anos, dez deles dedicados ao programa da América Latina. Bell chegou ao Brasil em 1964 para assumir o recém-criado escritório brasileiro da fundação. Ficaria até 1969, quando confrontou a ditadura.

O professor contou ter sofrido pressões da CIA e da embaixada americana no Brasil por solicitar a liberação de um financiamento para o Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento), que seria criado naquele ano.

Bell conseguiu convencer a Fundação Ford a liberar US$ 144 mil para o centro, fundado por um grupo de professores e intelectuais perseguidos pelo regime, como Fernando Henrique Cardoso, Ruth Cardoso e Paul Singer.

Além de FHC, o americano tornou-se amigo de outros dirigentes da região, como o chileno Ricardo Lagos. Nos últimos anos, Bell atuava em um instituto de Harvard.


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