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Estatal mineira culpa Planalto por aumentar tarifa de energia em 14%

Nos anúncios, Cemig omite o fato de que pediu aumento de 29%

FERNANDO RODRIGUES DE BRASÍLIA

A estatal de energia de Minas Gerais, Estado governado desde 2003 por uma aliança comandada pelo PSDB, está com uma ampla campanha na TV na qual aponta o governo federal como responsável pelo aumento da tarifa de luz local.

No anúncio da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais), o ator Jonas Bloch diz: "A tarifa da Cemig não é decidida pela Cemig". Quem define, afirma, "é um órgão do governo federal, a Aneel [Agência Nacional de Energia Elétrica], que fica lá em Brasília".

E segue: "E o governo federal, por meio da Aneel, acaba de determinar um reajuste da nossa conta de energia elétrica da ordem de 14%".

Apesar de a gestão tucana de Minas Gerais --origem do pré-candidato tucano à Presidência, Aécio Neves-- ter atribuído o aumento nas tarifas ao governo federal da petista Dilma Rousseff, foi a própria Cemig quem apresentou uma planilha de custos para a Aneel na qual sugeria um reajuste ainda maior, da ordem de 29%.

O aumento proposto, segundo nota divulgada pela Cemig à época, destinava-se a "cobrir a elevação dos custos, principalmente, em função da entrada em operação das [usinas] térmicas".

O PT mineiro reagiu por meio de uma nota assinada pelo presidente da legenda no Estado, o deputado federal Odair Cunha. Ele diz que o governo mineiro promove "reiteradas tentativas de enganar a população com falsas propagandas".

Petistas e tucanos trocam há alguns anos acusações de incompetência na área energética. O PT diz que a ineficiência na gestão de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) provocou o racionamento no país, em 2001.

Já a oposição acusa os governos do PT de, a partir de 2003, quebrar o setor elétrico e colocar o país novamente sob risco de racionamento.

Em nota, a Cemig diz que em nenhum momento a campanha "afronta ou desrespeita o governo federal" e nega motivação política.


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