Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Poder

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Candidatos a vaga no TCU trocam acusações

Apoiado pelo senador Renan Calheiros, consultor Bruno Dantas é alvo de dossiês que tentam minar seu favoritismo

Fernando Moutinho é acusado de trabalhar como subchefe de gabinete para receber acima do teto salarial

SEVERINO MOTTA GABRIELA GUERREIRO DE BRASÍLIA

Por trás do aparente clima de cordialidade na disputa pela vaga de ministro do TCU (Tribunal de Contas da União), os técnicos que almejam o cargo deflagraram nos bastidores uma guerra de dossiês e trocas de acusações.

Os três foram indicados por congressistas para o cargo depois que o senador Gim Argello (PTB-DF) desistiu da disputa em meio à ameaça de não ser empossado por ser alvo de condenação judicial.

O principal foco dos ataques é o consultor legislativo do Senado Bruno Dantas, favorito ao cargo. Aliados dos outros candidatos distribuíram e-mails e mensagens com dossiês que tentam minar a candidatura do consultor.

Um dos textos obtidos pela Folha diz que ex-conselheiros do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), como é o caso de Dantas, precisam passar por uma "quarentena" de 2 anos antes de assumir vagas em tribunais superiores. Senadores que o apoiam, porém, destacam que a regra não vale para o TCU.

"O TCU não é um tribunal superior, isso só se aplica para quem for assumir cargos no Judiciário", disse Romero Jucá (PMDB-RR).

Dantas também é acusado de ter um curso de pós-graduação financiado pelo Senado mesmo sem cumprir expediente na instituição, já que na época era conselheiro do Conselho Nacional do Ministério Público e depois do CNJ.

O Senado afirma que o pagamento é legal porque Dantas não se afastou oficialmente de suas funções na Casa. "A vedação somente se aplica ao servidor que se afasta do exercício das atribuições", diz em nota.

Adversário de Dantas, o consultor do Senado Fernando Moutinho --indicado ao TCU pelo grupo dos senadores "independentes"-- é acusado de ter trabalhado como subchefe de gabinete do senador Pedro Taques --num cargo considerado menos nobre que o seu anterior, de consultor do orçamento-- para receber acima do teto constitucional de R$ 29,4 mil.

O próprio TCU proibiu o pagamento dos chamados "supersalários" no Legislativo. Ele confirma que recebe além do teto, mas diz que não tem "ingerência" sobre os salários oferecidos pelo Senado.

Responsável por indicar o auditor Sérgio Mendes para a vaga, o senador Vicentinho Alves (SDD-TO) teria o escolhido como "agrado" ao ex-presidente do TSE Ayres Britto. Durante sua gestão à frente do TSE, Britto participou da cassação de um adversário político de Alves, o que posteriormente viabilizou sua ida ao Senado.

O senador nega qualquer que Britto influenciou a indicação.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página