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CPI em SP terá 'tropa de choque' do governo

Comissão proposta pelo PT pretende apurar eventuais irregularidades em pedágios

GUSTAVO URIBE DE SÃO PAULO PAULO GAMA DO PAINEL

A base aliada do governador Geraldo Alckmin (PSDB) na Assembleia Legislativa indicou ontem três ex-secretários estaduais para compor a CPI dos Pedágios, criada a pedido do PT para apurar eventuais irregularidades em tarifas cobradas pelas concessionárias em rodovias estaduais.

Os deputados estaduais Bruno Covas (PSDB), Davi Zaia (PPS) e Edson Giriboni (PV), que até o início do mês integravam o governo paulista, farão parte da maioria governista da comissão de inquérito, que será composta também pelo líder do PSDB na Assembleia Legislativa, Cauê Macris. O quarteto foi apelidado pelo PT de "tropa de choque" do governador.

Ao todo, a CPI dos Pedágios será composta por nove parlamentares: sete da base aliada e dois da oposição - Antônio Mentor e Gerson Bittencourt, ambos do PT.

Os outros deputados estaduais são Aldo Demarchi (DEM), Orlando Bolçone (PSB) e Campos Machado (PTB). O critério para a composição é a proporcionalidade com as bancadas dos partidos da Casa Legislativa.

Com a publicação dos nomes na edição de ontem do "Diário Oficial" de São Paulo, o regimento interno determina a convocação na semana que vem de uma reunião para a definição do presidente, vice-presidente e relator.

A instalação da comissão de inquérito depende da presença nessa reunião de quorum mínimo de cinco deputados. A CPI dos Pedágios tem um prazo regimental de 120 dias e pode ser prorrogada por mais 60 dias.

A tradição na Assembleia Legislativa é de que o proponente da comissão de inquérito "" no caso o deputado estadual Antônio Mentor "" seja o seu presidente. Os petistas, no entanto, não acreditam que a base aliada permitirá que o partido de oposição comande as investigações.

Para eles, a probabilidade é de que ocorra o mesmo que na CPI da CDHU, de 2009, em que um tucano foi eleito presidente apesar de ela ter sido proposta pela oposição.

O requerimento de criação da CPI dos Pedágios foi protocolado em 2011, no início da gestão do atual governador. Na época, a base aliada protocolou diversos pedidos de comissões de inquérito para congestionar a espera e evitar que CPIs incômodas ao governo fossem instaladas.

Desde 2011, a Casa já apurou temas como godura trans, pesca predatória e uso abusivo de álcool "" que foi apelidada de "CPI da Manguaça".

No início deste mês, com a votação do relatório final da CPI do Desaparecimento de Pessoas, foi a fez da CPI dos Pedágios, que estava em primeiro na fila, ser criada.

Em 2011, para ser protocolada, ela contou com assinaturas inclusive de deputados de siglas que integram a base aliada do governo.


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