Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Poder

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

PSB e Rede dividem equipe para campanha

Postos de coordenação terão membros dos dois grupos para evitar divergências

GUSTAVO URIBE DE SÃO PAULO

Em um esforço para evitar que divergências se repitam durante a disputa presidencial, o PSB e a Rede estruturam uma equipe com integrantes dos dois grupos para coordenar a campanha.

Postos-chave serão exercidos por representantes de ambos: um coordenador indicado pelo PSB e um adjunto ligado à Rede.

O objetivo é afinar o discurso dos dois grupos para a sucessão presidencial e evitar disputas internas por espaço na equipe. A proposta é que o modelo seja estendido também para as campanhas estaduais da sigla e para os grupos responsáveis pelo programa de governo da legenda.

A coordenação executiva, por exemplo, ficará sob o comando do primeiro-secretário nacional do PSB, Carlos Siqueira, e terá como adjunto Bazileu Margarido, da Executiva Nacional da Rede.

Para a coordenação de comunicação, o pré-candidato Eduardo Campos escolheu o jornalista Alon Feuerwerker, que terá como adjunto o sociólogo Nilson de Oliveira, responsável pela comunicação da campanha presidencial de Marina Silva em 2010

A coordenação do programa de governo também será híbrida, mas sem diferença hierárquica. O ex-deputado federal Maurício Rands (PSB-PE) e a socióloga Neca Setúbal, herdeira do Itaú e aliada de Marina Silva, exercerão um comando horizontal.

EFEITO CONTRÁRIO

Na avaliação de lideranças do PSB, no entanto, a formação de dobradinhas com a Rede nos postos de coordenação pode ter o efeito oposto.

Com dois porta-vozes em cada cargo, há o risco de eles adotarem posições e discursos diferentes entre si durante a campanha eleitoral.

"Já existem divergências [entre PSB e Rede], ninguém vai dar jeito nisso. A Rede gosta de embates", criticou um dirigente do PSB que não quis se identificar.

Na quarta-feira, Campos e Marina discordaram sobre proposta que pode ser incluída no programa de governo. O pré-candidato defendeu a institucionalização da autonomia do Banco Central, enquanto a ex-senadora disse não haver necessidade de garantia legal para tanto.

Não é a primeira vez que PSB e Rede entram em divergência. Nos últimos meses, as siglas têm discordado sobre a formação de palanques estaduais e a costura de alianças.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página