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Marina divide a oposição e ajuda o PT, sugere Aécio

Tucano recomenda 'humildade' à ex-senadora para deixar decisão ao eleitor

Marina declarou que senador havia entrado na disputa com 'cheiro de derrota'; Campos defendeu fala da aliada

DE SÃO PAULO DO RIO DO PAINEL

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) insinuou ontem que Marina Silva, vice na chapa do ex-governador Eduardo Campos (PSB-PE), cai na "armadilha do PT" ao "dividir a oposição".

A fala foi uma resposta às críticas feitas pela ex-senadora em entrevista à Folha. Ela disse que a candidatura do tucano entrou na disputa "com cheiro de derrota".

"Eu não vou cair na armadilha do PT, que é dividir a oposição", disse Aécio. "Eu apenas acho que em relação ao resultado eleitoral, quem ganhar ou quem perder, temos que ter a humildade de deixar essa decisão para os eleitores", concluiu.

Numa última alfinetada em Marina, Aécio disse que "hoje, no Brasil, ninguém tem o know-how de ter imposto tantas derrotas ao PT" como ele.

O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), cotado para vice do tucano, acusou a ex-senadora de "jogar água no moinho do PT". "Assim como Aécio, Campos tem uma trajetória de estilo agregador (...). Não é o estilo dela, talvez pelo histórico de ligação com o PT", afirmou.

A entrevista de Marina colocou fim à espécie de dobradinha que Aécio e Campos ensaiaram no início das articulações para a eleição. Até meados de abril, os dois exibiam relação amistosa, inclusive dividindo palanques.

Aliados de Campos dizem que a mudança de tom é uma reação ao que descrevem como um movimento do PT e do PSDB para apresentá-lo como um candidato "café com leite", sem chance de vencer.

Uma declaração de Aécio no 13º Fórum de Comandatuba --ele disse que não via Campos como adversário-- teria sido a gota d'água.

Para o PSB, a visão de que Campos defende as mesmas ideias de Aécio pode afastar eleitores e doadores, que optariam por apostar no tucano. A sigla nega, porém, que Marina tenha sido escalada para os ataques na tentativa de poupar Campos.

Ontem, ela voltou a apontar as diferenças entre as chapas: "Essa tentativa de homogeneizar as propostas é contrária ao próprio 2º turno".

Em Minas, Campos endossou a fala da vice: "A análise da Marina é a de muitas pessoas. É um fato das três últimas eleições [o PSDB perder no 2º turno]".


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