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Pessimismo com inflação cai pela primeira vez desde 2012

Para 58% haverá aumento de preços, taxa alta, mas menor que a de abril

Segundo o Datafolha, as outras expectativas econômicas, como a de desemprego, não sofreram forte variação

DE SÃO PAULO

A nova pesquisa Datafolha traz uma boa notícia para o país e, por extensão, para a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição. Pela primeira vez, desde o início de 2012, diminuiu a expectativa de aumento da inflação para os próximos meses.

No início de abril, 65% dos brasileiros achavam que os preços iriam subir. Foi o recorde da série histórica. Na pesquisa de agora, essa taxa recuou para 58%.

Ainda é muita gente. Trata-se do quarto pior índice numa série de 20 pesquisas desde novembro de 2007.

Mas a redução de sete pontos em um mês sugere que o governo pode ter conseguido algo mais que uma mera estagnação da sangria.

Curiosamente, a ação de maior impacto de Dilma entre uma e outra pesquisa foi o anúncio de medidas que, segundo os economistas mais ortodoxos, têm potencial inflacionário: manutenção da política de aumentos reais do salário mínimo, reajuste do Bolsa Família e da tabela do Imposto de Renda.

Um número específico apurado pelo Datafolha dá dimensão da importância da economia na disputa eleitoral. Quase 60% admitem a chance de mudar o voto caso ocorra agravamento da situação econômica. Para 44%, essa possibilidade seria "grande" ou "média".

O Datafolha fez essa mesma pergunta apenas uma outra vez, em julho de 2002, no final do segundo mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), um período de forte deterioração da economia.

Naquele momento, só 33% admitiam a chance de trocar de candidato com a piora da situação. Na eleição realizada três meses depois, o então oposicionista Lula venceu.

A pesquisa de ontem mostra estabilização dos demais indicadores de expectativa econômica, como desemprego e poder de compra.

A parcela dos que esperam uma piora da situação geral do país oscilou de 29% para 28%. O maior grupo (41%) é o dos que acham que as coisas vão ficar como já estão.

Em relação à própria condição, os brasileiros são tradicionalmente mais otimistas. Só 12% dizem que irão piorar, a mesma taxa de abril.

O Datafolha fez 2.844 entrevistas ontem e anteontem em 174 municípios do país. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.


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