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A Copa como ela é

Embaixada brasileira é apedrejada em Berlim

Encapuzados, agressores conseguiram fugir; Itamaraty chama de vandalismo

Ataque ocorre três dias antes de manifestações contra a Copa e de sem-teto em SP, que também pode ter greve de trens

DE SÃO PAULO

A Embaixada do Brasil em Berlim foi atacada por quatro pessoas encapuzadas na madrugada de ontem.

Imagens das câmeras de segurança do local mostram os agressores se aproximando do prédio da missão brasileira por volta da 1h.

Cerca de 80 pedras foram atiradas contra o prédio, quebrando boa parte dos vidros externos da fachada.

Antes de a polícia chegar ao local, porém, o grupo conseguiu escapar.

O Itamaraty disse se tratar de um ato de vandalismo e que a embaixada funcionou normalmente.

O ministério não fez nenhum comentário sobre a associação entre a depredação e a Copa. A polícia alemã investiga o ataque.

Um grupo que se diz de esquerda, mas não se identificou, disse em texto espalhado na internet que a ação é um protesto contra gastos excessivos com a Copa.

O comunicado é escrito em alemão. Porém, termina com a expressão "Nao [sic] vai ter Copa", em português.

No texto, há críticas à carga de trabalho dos operários que construíram estádios, à repressão aos protestos contra a Copa e à violência policial nas UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora).

ATO PELO MUNDO

O ataque ocorreu três dias antes de um protesto organizado pelo grupo brasileiro "Comitê Popular da Copa", que acontecerá na noite da próxima quinta-feira.

Segundo o comitê, trata-se de um protesto que ocorrerá em todo o país e em algumas cidades do mundo.

No blog do movimento, o convite para o protesto foi traduzido para o espanhol, o francês, o italiano e o inglês.

Em São Paulo, os manifestantes vão se concentrar na av. Paulista, às 18h, e caminhar até o estádio do Pacaembu. O tema do protesto é "sem moradia, não vai ter Copa".

Pela manhã, protestos organizados pelo Movimento de Trabalhadores Sem-Teto (MTST) devem ocorrer em diferentes pontos da cidade. "Vamos fechar grandes avenidas", afirmou o líder do MTST, Guilherme Boulos.

O dia também deve ser marcado por greves. Funcionários da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e motoristas de ônibus ameaçam cruzar os braços.


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