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Janio de Freitas

Greves de risco

Se proliferarem, greves de polícia e de bombeiros multiplicarão a violência e os saques

O Rio está sob risco de que a PM e o Corpo de Bombeiros adiram, com parte das corporações, à greve pretendida para amanhã por sua Polícia Civil e pela Polícia Federal.

A preocupação com tal possibilidade advém da combinação de dois fatores. Um, as evidências de que os movimentos, tanto os de reivindicação como os de protesto contra a Copa, avançam na busca de conexão em âmbito nacional, o que é facilitado para as polícias por seu sistema de comunicações interligadas. Outro, o plano grevista de surpreender autoridades e população adotado pela PM em Pernambuco. Tática aplicada também, com igual êxito, na greve dos motoristas de ônibus que imobilizou o Rio na semana passada.

A tensão é agravada porque qualquer redução das atividades de segurança coincide, no Rio, com a intensificação da agressividade dos traficantes, em sua investida de represália à PM e, em especial, às UPPs em favelas.

Greves de polícia e de bombeiros: se proliferarem, multiplicarão a violência que provocaram na Bahia e os saques que permitiram em Pernambuco. Então os políticos terão que enfrentar os questionamentos a essa parte do direito de greve em vigor.

UMA SOLUÇÃO

O compromisso assumido pelas Farc nas negociações de paz com o governo colombiano, de cortar sua relação com o tráfico de cocaína, traz, também para o Brasil, uma perspectiva extraordinária. Sem a cobertura dos guerrilheiros, a eficiência dos produtores e traficantes colombianos, que são os maiores fornecedores do tráfico brasileiro, se tornará muito vulnerável à repressão. Reduzir suas imensas remessas para o Brasil será inevitável. E a Bolívia, além da impossibilidade de suprir a ausência dos fornecedores colombianos, tem fronteiras com o Brasil mais facilmente controláveis.

Já que não é possível impedir a entrada da droga e das armas, que têm as mesmas fontes e canais, o corte da produção pode dimi- nuir os problemas decorrentes da droga. E se o tráfico interno se reduz, diminui a necessidade de contrabando de armas.

Os que aqui se opuseram ao apoio do Brasil às negociações entre as Farc e o governo colombiano, por serem em Havana, devem ter mui-to a dizer sobre esses últimos a- vanços para a paz na Colômbia e seus significados.

OUTRA SOLUÇÃO

A recepção de Dilma Rousseff a jornalistas esportivos valeu-lhe críticas, mas deu um resultado muito útil: sua decisão de receber os cabeças do Bom Senso F.C., o movimento de jogadores que propõem modificações inteligentes e desinteressadas na organização e na condução do futebol brasileiro.

Já que da CBF nada se espera a respeito, e os meios de comunicação põem-se embaixo do muro, algumas medidas poderiam vir por intermédio do governo ou do Congresso.

COM A ALTA

Aécio Neves ganhou dois presentes de uma só vez. Rediviva pelo "Globo", e remanescente, aos 85 anos, dos que pensavam haver alta sociedade no Brasil, Lourdes Catão pondera: "Acho que o Aécio é o melhor, mais do nosso lado". E sentencia: "Dilma não pode ser reeleita de jeito nenhum".


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