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A Copa como ela é

Servidores do Metrô e da Prefeitura de SP anunciam greve

Paralisação dos funcionários municipais pode afetar postos de saúde e outros serviços, mas adesão é incerta

Metroviários prometem parar no dia 5, a uma semana do início da Copa; eles querem 35% de reajuste salarial

ANDRÉ MONTEIRO ARTUR RODRIGUES DE SÃO PAULO

Os sindicatos de funcionários do Metrô e da Prefeitura de São Paulo anunciaram nesta terça-feira (27) que entrarão em greve.

A paralisação dos servidores municipais começa nesta quarta e pode atingir serviços como postos de saúde, controle de zoonoses, serviço funerário e parques municipais.

Já a greve dos metroviários foi marcada para começar à 0h do dia 5 de junho, a uma semana da Copa.

O Sindsep (sindicato de servidores municipais) tem 25 mil filiados e representa 212 mil, incluindo aposentados. Eles pedem reajuste salarial de 11,43%, além da reposição da inflação.

Os servidores dizem que os reajustes anteriores foram sempre abaixo da inflação --a prefeitura não confirmou.

Eles também querem aumento no piso, de R$ 755 para R$ 820.

Ainda não há previsão sobre o percentual de servidores que vai aderir. A prefeitura aguardará a mobilização para definir como será feita a negociação.

A princípio, a gestão Fernando Haddad (PT) quer tratar do reajuste separadamente. O sindicato, filiado à CUT (Central Única dos Trabalhadores), que é ligada ao PT, insiste em acordo geral.

Em 2011, uma greve do Sindsep suspendeu serviços na área da saúde, finanças e verde e meio ambiente.

O serviço funerário também parou, causando atrasos em velórios e enterros. O então prefeito, Gilberto Kassab (PSD), chegou a autorizar contratação de coveiros em caráter emergencial.

METRÔ

Em assembleia nesta terça, os metroviários rejeitaram tentativa de acordo da Justiça do Trabalho, que propôs reajuste salarial de 9,5%.

O Metrô, que iniciou a negociação com 5,2%, ontem elevou a proposta para 7,8% e disse estar aberto a negociar.

Os metroviários, porém, dizem que irão cruzar os braços se não houver reajuste acima de 10%, o mesmo obtido pelos motoristas de ônibus. Oficialmente, eles pedem 35,5%.

O Metrô tem 9.475 funcionários, sendo 2/3 responsáveis diretos pela operação --os funcionários da linha 4-amarela, privatizada, não fazem parte desse grupo. O piso da categoria é R$ 1.323 e a data-base é em maio.

"Não escolhemos a data, mas a proximidade da Copa cria uma pressão enorme sobre o governo de São Paulo e sobre o tribunal. Nós vamos arrancar nossa reivindicação, que é de dois dígitos", disse o presidente do sindicato, Altino Prazeres, que é ligado ao PSTU. O sindicato não é filiado a nenhuma central.

A categoria adiou a greve, inicialmente planejada para o dia 3, e aceitou proposta do Tribunal Regional do Trabalho de não parar até a próxima tentativa de acordo, marcada para o dia 4 --data em que a categoria fará assembleia para definir eventual nova proposta do governo.

No ano passado, o reajuste dos metroviários foi de 8%.


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