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Comissão da Verdade faz perícia para esclarecer morte de ativista

Grupo deve divulgar relatório sobre o caso de Stuart Angel Jones

DO RIO

A Comissão Nacional da Verdade realizou perícia na manhã desta sexta-feira (30) na Base Aérea do Galeão para esclarecer as circunstâncias da morte do ativista político Stuart Angel Jones, filho da estilista Zuzu Angel, durante a ditadura militar.

O jovem desapareceu aos 25 anos, após ter sido torturado por militares.

O grupo deve divulgar nos próximos dias um novo relatório sobre a morte do ativista. A informação foi divulgada pelo presidente da CNV, Pedro Dallari, que participou da diligência pericial na base aérea, que seria um dos locais onde houve torturas na época. Ele diz que espera que o novo relatório sirva de referência para abertura de inquérito criminal pelo Ministério Público.

"Aqui foi um centro de tortura e, possivelmente, de morte. O caso de Stuart Angel, por exemplo, é um caso em que a comissão está com muita convicção de que ele morreu aqui", afirmou Dallari.

O presidente da comissão esteve no local para identificar quatro locais de tortura e prisão ilegal na base. Convidado a participar da perícia, o ex-cabo da Aeronáutica José Bezerra da Silva, uma das testemunhas de que Stuart foi torturado na unidade, disse ter visto o ativista ainda vivo "entrar em uma ambulância após sessões de tortura".

Ele apontou aos peritos da comissão o local exato onde o jovem foi colocado na ambulância. "Foram torturando ele pelo caminho, da ambulância até o dentista [torturador], que inclusive abriu minha gengiva para me torturar também. Lá tiraram o capuz da cabeça dele, que estava apavorado, e vi que tinha grandes hematomas no rosto", lembrou o ex cabo.


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