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Polícia prende irmão do caseiro de Malhães

OSNI ALVES DO RIO

A polícia do Rio prendeu nesta sexta-feira (30) mais um suspeito de participar da morte do coronel reformado Paulo Malhães, que confessou ter torturado e matado presos políticos na ditadura (1964-1985).

Anderson Pires Teles foi preso em casa em uma favela de Santa Cruz (zona oeste). Ele é irmão de Rogério Pires, caseiro do militar, que foi preso no fim de abril sob acusação de tramar o crime.

A polícia ainda tenta localizar o outro irmão da dupla, Rodrigo Pires, que está foragido. Segundo parentes, ele mora em uma favela de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, onde vivia o coronel.

De acordo com a Delegacia de Homicídios da Baixada, os irmãos estão envolvidos no crime de latrocínio (roubo seguido de morte) contra Malhães, sem motivação política.

Parte das armas levadas da casa do coronel já foi recuperada nas últimas semanas. Sete delas estavam em Santa Cruz, onde Anderson Pires foi preso nesta sexta.

Nesta semana, a Justiça negou pedido de habeas corpus da defensora pública Raquel Ayres para libertar o caseiro, que continua preso preventivamente na Delegacia Anti-Sequestro, no Leblon (zona sul). A polícia afirma que sua libertação poderia prejudicar as investigações do caso.

SIGILO

O presidente da Comissão Estadual da Verdade do Rio, Wadih Damous, afirmou nesta sexta (30) que pedirá a quebra do sigilo judicial e a divulgação do inquérito sobre a morte de Malhães.

"Não há fundamentação jurídica para manter o sigilo. Se nosso pedido for recusado, vamos recorrer ao Tribunal de Justiça", prometeu.

"Tudo o que a Polícia Civil está fazendo é para confirmar a tese de latrocínio. Nós queremos que ampliem a investigação para saber se houve queima de arquivo por causa dos depoimentos que o coronel prestou", disse o presidente da comissão.


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