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Homem morre no trânsito, e parente culpa paralisação

Ele tinha problemas no coração e passou mal

DE SÃO PAULO

Em meio à greve de marronzinhos e metroviários, o aposentado José Luís Esteves, 75, morreu nesta quinta-feira (5) ao passar mal na avenida Morumbi (zona oeste), enquanto estava no trânsito.

Familiares dizem que o socorro demorou --o que atrasou o atendimento a José Luís, que morreu no local.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a ambulância do Samu foi chamada às 8h40, mas só chegou ao local 49 minutos depois --às 9h29.

Enquanto dirigia, José Luís teve dificuldades para respirar, segundo testemunhas. Ajudado por outros motoristas, foi tirado do carro. Depois, sofreu uma parada cardíaca. Socorristas ainda tentaram reanimá-lo.

A demora, segundo a secretaria, não se deu pelo trânsito de ontem, mas porque o caso foi classificado como "prioridade 3", em que não há risco de morte.

Essa classificação se baseia nas informações de quem chama o 192, o serviço de emergência. A secretaria diz que a pessoa que chamou a ambulância "viu um senhor com dificuldades respiratórias sendo amparado por algumas pessoas".

Se fosse tido como "prioridade 1", com risco de morte, o atendimento seria em até 15 minutos, diz a secretaria.

'CULPA DA GREVE'

Topógrafo aposentado, José Luís, casado e com um filho, era vendedor na fábrica de doces do irmão, Pedro. Ele ia entregar, com sua Belina, brigadeiros e quindins num supermercado no Morumbi.

"A morte nessa idade é esperada, mas não aqui, na avenida Morumbi, assim", disse Pedro, 65. A "culpa" pela demora, disse, foi da "greve" de metroviários e marronzinhos.

Segundo Pedro, o aposentado teve um infarto há três anos. Na ocasião, pôs stents, próteses que alargam artérias entupidas. Nos últimos dias, reclamou de falta de ar.

O corpo ficou na calçada da avenida Morumbi por cerca de seis horas, primeiro à espera de perícia e, depois, do carro para levá-lo até o IML (Instituto Médico Legal).


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