Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Poder

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Em grampo, primeira-dama do DF pede para suspeito 'agilizar' alvará

Após intervenção da mulher de Agnelo Queiroz, clínica foi liberada sem vistoria dos bombeiros

Defesa de Ilza Queiroz diz que ela não cometeu irregularidade e apenas pediu um favor, sem obter benefícios

FILIPE COUTINHO DE BRASÍLIA

A primeira-dama do Distrito Federal, Ilza Queiroz, foi flagrada em uma interceptação telefônica pedindo agilidade na liberação do alvará de uma clínica de oftalmologia a um subordinado de seu marido, o governador Agnelo Queiroz (PT).

O alvo do grampo feito pela Polícia Civil com autorização judicial era o interlocutor da primeira-dama, o então administrador de Taguatinga, Carlos Jales. Ele chegou a ser preso na Operação Átrio sob suspeita de receber propina de empresários para liberar alvarás irregularmente.

No dia 1º de outubro de 2013, Ilza Queiroz ligou da residência oficial para pedir um "favor" a Jales. Ele interrompe e diz: "Pelo amor de Deus, a senhora manda!". Ilza então dá o número do processo administrativo relativo à clínica e pede: "Queria ver se você pode agilizar". Ele responde: "Dona Ilza, pode dormir sabendo que amanhã a licença está na mão deles".

Após a intervenção, a clínica, que não teve o nome citado, foi liberada para funcionar mesmo sem a vistoria dos bombeiros.

Três dias depois, a primeira-dama ainda ligou para agradecer o "favor".

No ano passado, a Folha revelou que a Procuradoria-Geral da República pediu a quebra dos sigilos fiscal e bancário de Ilza para apurar se ela estava envolvida em crime de lavagem de dinheiro com transação de imóveis.

OUTRO LADO

O advogado de Ilza Queiroz disse que a primeira-dama não é investigada no caso e que não há irregularidade. "Pedir um favor não caracteriza comportamento censurável do ponto de vista ético e legal, desacompanhado de benefício", disse Luis Carlos Alcoforado.

O advogado de Carlos Jales, Eri Varella, disse que seu cliente é inocente e "foi gentil com a primeira-dama".


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página