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A Copa como ela é
Cumbica tem fila na imigração e para retirar ingressos
Espera para checar documentos chegou a 35 minutos pela manhã e afetou apenas estrangeiros, segundo a PF
Ao sair do aeroporto, turistas pegavam outra fila, de até duas horas, para retirar de entradas para os jogos da Copa
Os estrangeiros que desembarcaram nesta quinta-feira (12) no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo), enfrentaram filas na imigração e para retirar ingressos da Copa.
Foi o segundo dia consecutivo de problemas na imigração. Na quarta (11), a espera fora de uma hora, diz a Polícia Federal; passageiros relatam ter esperado duas horas.
Segundo a PF, o pico de demora foi às 6h, no terminal 1 (30 minutos), e às 8h no terminal 2 (35 minutos). Às 10h, a situação havia se normalizado, com fila inferior a dez minutos, de acordo com a PF.
Em média, o passageiro espera 15 minutos na imigração.
A fila maior se restringiu à chegada de estrangeiros, em que a checagem de documentos pela polícia leva mais tempo do que as dos brasileiros que voltam ao país.
As filas ocorreram em voos da Air France, American Airlines e da TAM que pousaram pela manhã vindos da Europa e dos Estados Unidos.
Um executivo de uma companhia aérea se queixou à Folha, sob anonimato, de que dezenas de passageiros da empresa perderam conexões.
VOOS CHEIOS
A PF atribui a fila de ontem ao fato de os voos para o Brasil estarem mais cheios em razão da Copa. Na quinta-feira passada, sem Copa, chegaram ao país 16,7 mil passageiros; ontem, só até as 11h, haviam sido 12,6 mil.
Fenômeno semelhante ocorreu anteontem, quarta-feira (11): houve 22,8 mil passageiros, 28% a mais que os 17,8 mil da quarta anterior (4).
Mas nesta quarta-feira uma lentidão no sistema em que são inseridos os dados dos passaportes causou a fila. Ontem, esse problema não ocorreu. Tampouco houve falta de funcionários, afirma a PF.
INGRESSOS
Bastava o passageiro sair do terminal para encarar outra fila, a da retirada dos ingressos da Copa. A espera levava até duas horas --nem todas as máquinas de autoatendimento em que os ingressos são impressos operavam. Procurada, a Fifa não respondeu.
Havia ainda turistas sem ingresso, como o colombiano Javier Hunter, 50, que tentava um lugar para Brasil e Croácia, horas depois.
"Que horas é o jogo? Você acha que consigo ingresso por uns US$ 1.000?". Ele foi ao estádio do Itaquerão para tentar comprar ingressos lá.