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Barradas em São Paulo, caravanas eleitorais percorrem outros Estados

Pré-candidatos realizam eventos com ares de comício pelo interior de CE, PE, MG e MT, entre outros

Coordenadores das campanhas dizem que viagens seguem regras e servem para subsidiar programas de governo

PATRÍCIA BRITTO DE SÃO PAULO

Na mira da Justiça Eleitoral em São Paulo, as caravanas de pré-candidatos a governador continuam a percorrer Estados como Minas, Rio, Bahia, Pernambuco e Ceará.

Com palanques que lembram comícios de campanha e discursos sempre em tom eleitoral, os eventos ajudam a dar visibilidade aos futuros candidatos, presença constante nessas caravanas.

Por exemplo: o senador Eunício Oliveira (PMDB), pré-candidato ao governo do Ceará, já levou a chamada "PMDB Itinerante" a 12 municípios desde junho do ano passado.

Ao som do "Tema da Vitória", que marcou a carreira do piloto Ayrton Senna, Eunício foi recebido em Banabuiú (CE), em um sábado de fevereiro, com fogos de artifício, chuva de papel picado e gritos de "já ganhou".

"Vou andar esse Ceará inteiro, dizer em cada lugar: comparem, não entreguem o poder para gente que não tem capacidade", disse o senador no discurso daquele dia.

Sob a justificativa de ouvir eleitores para subsidiar planos de governo, partidos realizam atos em diferentes regiões dos Estados.

É o caso da "Pernambuco 14", com participação do senador e pré-candidato Armando Monteiro Neto (PTB). "Não poderia esperar a campanha começar para dar início, senão não teria minuta do plano de governo pronta", diz o coordenador do projeto, Luiz Helvécio.

Um dos recordistas em cidades visitadas é o petista Lúdio Cabral, que já passou por 118 dos 141 municípios de Mato Grosso com a "Caravana da Cidadania". A meta é completar o Estado ainda neste mês.

"Como a minha militância foi construída na capital, agora estou tendo oportunidade de conhecer todos os municípios", disse à Folha.

Em formato parecido, há em Minas a "Caravana da Participação", de Fernando Pimentel (PT), e o "Movimento Todos por Minas", de Pimenta da Veiga (PSDB).

Há caravanas semelhantes na Bahia, na Paraíba, no Maranhão e no Rio.

VETO

Em São Paulo, a Justiça Eleitoral vetou as caravanas. Na semana passada, o desembargador Carlos Cauduro Padin, do TRE-SP, determinou multa ao pré-candidato do PT, Alexandre Padilha, por ver propaganda antecipada na caravana "Horizonte Paulista". O PT já recorreu.

Os encontros partidários antes do início oficial da campanha, em 6 de julho, são permitidos desde que ocorram em ambiente fechado, sem menção à possível candidatura nem pedido de votos.

Alguns juízes, porém, consideram propaganda subliminar quando há referência ao pleito, exaltação de um pré-candidato e ampla divulgação dos eventos, não restrita aos filiados do partido.

Os organizadores dizem que respeitam as regras porque não há pedido de votos, mas dizem não ter como controlar quem participa.

"Não podíamos chegar na cidade e passar um cadeado na porta da reunião", diz Parsifal Pontes, coordenador da pré-campanha de Helder Barbalho (PMDB), no Pará. Ele foi multado devido à caravana "Queremos Ouvir o Pará". O partido recorreu.


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