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Sarney confirma que não será candidato

Ex-presidente diz que decisão é 'fato consumado' e que não foi influenciada por vaias recebidas em Macapá anteontem

Senador, que nega mágoa com o PT, diz que seguirá 'sendo político', mas 'sem obrigações parlamentares'

VALDO CRUZ GABRIELA GUERREIRO DE BRASÍLIA

O senador José Sarney (PMDB-AP) confirmou nesta terça-feira (24) à Folha que desistiu de ser candidato na eleição deste ano. "Não vou fazer anúncio nenhum, mas já é um fato consumado", afirmou, ao ser questionado se faria um anúncio oficial de sua desistência, que ele havia informado na segunda-feira (23) à presidente Dilma.

Aliado de Dilma e de Lula, Sarney diz não estar magoado com o PT, que resistia a apoiar sua nova eleição ao Senado no Amapá: "Não tenho nenhuma mágoa, o PT já havia tomado sua decisão, estava sempre resistente", disse.

Segundo ele, o mais importante é que sempre contou com o apoio de Lula e Dilma. "O Lula havia prometido me apoiar, fazer comício, ir para TV, sempre muito solidário. A Dilma também."

Apesar das informações de aliados de que teria desistido por temer uma derrota, o senador afirma que tinha "excelentes condições de se eleger no Amapá", mas creditou sua decisão à sua idade.

Aos 84 anos, 59 deles dedicados à política, disse que "achava que só havia duas formas de sair da política: ou o povo larga a gente ou a gente larga o povo. Agora descobri que tem outra, a idade".

Em relação às vaias contra ele, durante viagem ao Amapá nesta segunda, disse que "eram quatro gatos pingados". "Um outro grupo gritou fica, Sarney'. Isto não tem influência sobre um político com minha experiência."

Ele disse que não abandonará a política. "Vou continuar sendo político, mas sem obrigações parlamentares". Em entrevista a uma rádio no Amapá, ele declarou: "Eu não me aposento nunca".

O senador acrescentou que agora vai cuidar de sua mulher, Marly, que está de cama, com problemas no joelho. Segundo Sarney, cuidar da mulher e da carreira política ao mesmo tempo não seria possível. "Isso me prejudicaria para que eu desse atenção às duas coisas ou poderia prejudicar alguma delas. Eu cheguei à conclusão de que era tempo de parar."

O presidente do PMDB, Valdir Raupp, não descartou a possibilidade de Sarney mudar de ideia até sexta, quando o PMDB do Amapá realiza a convenção estadual.


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