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Dilma fecha com Pros e adota tom ufanista

Presidente recebeu nesta terça-feira o apoio de sigla criada em setembro de 2013 com a bênção do Palácio do Planalto

Legenda dos irmãos Ciro e Cid Gomes dará à petista 1min10s diários na propaganda eleitoral no rádio e na televisão

TAI NALON RANIER BRAGON ANDRÉIA SADI DE BRASÍLIA

No dia em que recebeu o apoio oficial do terceiro partido à sua reeleição, a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (24) que a campanha terá "muitas mentiras e muitos boatos" e, associando a disputa eleitoral à Copa, acrescentou que quem soube organizar o Mundial "saberá fazer mais" e "mudar mais".

Em intensa articulação para evitar a debandada de legendas até então aliadas, como ocorreu com o PTB, Dilma recebeu ontem a adesão oficial do Pros, sigla criada em setembro sob a bênção do Planalto, com 94,5% dos votos dos delegados.

Nesta quarta-feira (25), a expectativa do Planalto é que o PP e o PSD também confirmem em suas convenções nacionais, em Brasília, o apoio a Dilma. A definição do PR segue em suspenso.

Com seu leque de alianças, Dilma espera reunir cerca de 45% do tempo de propaganda na TV, que é o principal instrumento das campanhas.

Em seu discurso na convenção do Pros, a petista adotou um tom ufanista em relação à Copa, destacando o até agora sucesso da organização do torneio em contraposição aos que previam "um caos".

"Demos de goleada nos pessimistas. (...) Quem soube fazer saberá fazer mais. Quem soube fazer saberá mudar mais."

Apesar de dizer que fará uma campanha "da paz", Dilma afirmou que a disputa "terá muitas mentiras e muitos boatos", em uma "tentativa de disseminar um clima de pessimismo", na linha dos que afirmavam que a Copa seria uma vergonha.

"A vergonha é deles, por não reconhecer que o próprio país é capaz de entregar eventos dessa magnitude", disse a presidente. Um dos que usaram esse termo foi o ex-atacante da seleção Ronaldo, que pouco depois tornou público seu apoio ao tucano Aécio Neves.

O apoio do Pros dará a Dilma mais 1min10s diários no programa eleitoral da presidente na TV. PMDB e PDT também já oficializaram o apoio à petista.

O Pros virou destino de governistas insatisfeitos com suas antigas legendas, como o governador do Ceará, Cid Gomes, e o ex-ministro Ciro Gomes, então no PSB. A sigla comanda o Ministério da Integração Nacional.

A convenção do partido contou com a presença de congressistas de outras legendas, como o PP e o PR.

RESISTÊNCIAS

Hoje o PP promete oficializar o apoio a Dilma, apesar da resistência de Estados alinhados ao PSDB de Aécio Neves, como Minas Gerais.

A cúpula do PP, que em 2010 não se aliou a ninguém oficialmente, diz ter o apoio de mais de 20 Estados à chapa de Dilma.

Pesaram para essa adesão a decisão do Palácio do Planalto de entregar cargos a indicados pelo partido em órgãos como a Chesf (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco) e a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). O partido também comanda o Ministério das Cidades.


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