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Análise

Tempo na TV do PR compensa o desgaste momentâneo

FERNANDO RODRIGUES DE BRASÍLIA

Do ponto de vista eleitoral, o saldo foi positivo para Dilma Rousseff na atual temporada de caça a partidos para montar a aliança da campanha pela reeleição.

Na contabilidade de ontem (25), a presidente terá nove legendas na coalizão oficial: PT, PMDB, PDT, PC do B, PRB, PSD, Pros, PR e PP --o apoio deste último é contestado por integrantes do próprio PP.

Com nove partidos, Dilma repetirá quase o mesmo tamanho da aliança de sua campanha vitoriosa de 2010, que teve dez legendas.

Só que o grupo de siglas deste ano reúne um número maior de deputados --e assim garante mais tempo de rádio e de TV para a petista durante a propaganda eleitoral em relação ao que ela teve há quatro anos.

O ponto negativo é que há agora um desgaste político momentâneo pelo fato de Dilma ter precisado ceder aos desejos fisiológicos de partidos como o PR, que a obrigou a trocar o ministro dos Transportes. Mas, na avaliação do governo, a eventual avaria na imagem da petista será suplantada pelo ganho de um maior tempo de rádio e de TV.

Quem defende a estratégia compara o cenário atual com um episódio semelhante de 2012, quando o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) exigiu que Lula fosse pessoalmente à sua mansão para selar o apoio do PP à candidatura de Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo.

O abraço entre Lula, Maluf e Haddad foi fotografado e gravado em vídeo. Inundou a mídia por uma semana, com o desgaste político correspondente para o PT --mas o tempo de TV extra ajudou na vitória do petista em 2012.

Dilma repete a fórmula. Assume um risco imediato por ceder a pressões de partidos não ideológicos, mas conquista uma presença maciça na propaganda eleitoral.


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