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Ala do PP vai à Justiça contra decisão que apoia petista

GABRIELA GUERREIRO DE BRASÍLIA

Em uma decisão relâmpago tomada a portas fechadas, a Executiva Nacional do PP aprovou nesta quarta-feira (25) apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff.

Parte dos integrantes do partido considerou a decisão do presidente da sigla, o senador Ciro Nogueira (PI), "um golpe" e recorreu à Justiça.

O PP realizou nesta quarta em Brasília sua convenção nacional. Temendo que o apoio a Dilma não fosse aprovado, Nogueira transferiu a decisão para uma reunião no Senado que durou menos de cinco minutos, com integrantes da Executiva Nacional. Nogueira não informou quantos integrantes da Executiva participaram da decisão.

Na convenção realizada mais cedo, o presidente do PP não havia autorizado a votação de outra resolução, apresentada pela ala contrária ao apoio à reeleição de Dilma, que defende a neutralidade do PP no pleito presidencial.

Nogueira negou que tenha praticado um "golpe" ao afirmar que a maioria do partido defende a aliança com o PT. A sigla hoje ocupa o Ministério das Cidades e outros cargos de segundo escalão.

"Dois diretórios apenas se rebelaram de forma inadequada, são 27 no total. As pessoas não querem ouvir a maioria. Sempre ouvimos democraticamente a todos. A maioria quer o apoio à presidente", afirmou.

Durante a convenção, Nogueira também fez circular uma lista de presença da Executiva, o que será usado pelo congressista para validar a decisão. Alguns membros do partido assinaram a lista pensando que ela registrava presença na convenção, não na reunião da Executiva.

Antes de se fechar na sala do PP para tomar a decisão, Nogueira teve que deixar o auditório no Senado escoltado por seguranças e quase foi agredido por deputados como Luis Carlos Heinze (PP-RS) e Jair Bolsonaro (PP-RJ).

Ao deixar o auditório, integrantes do PP jogaram bolinhas de papel em Nogueira, com gritos de "vendido", "covarde" e "vergonha".

A ala contrária à aliança com o PP ingressou com ação na Justiça Eleitoral para anular o resultado da convenção e da Executiva Nacional.

O grupo diz ter o apoio de sete diretórios do partido contra a aliança com Dilma: MG, RS, RJ, CE, SC, AM e GO.

O governador de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho (PP), foi o responsável por apresentar a moção para que o PP se declare neutro na disputa à Presidência. O movimento é liderado no partido pelo presidente de honra da sigla, senador Francisco Dornelles (PP-RS), que defende apoio ao tucano Aécio Neves.


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