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Campos se lança candidato e diz que tirará país do 'atoleiro'

Ex-governador e Marina usaram convenção do PSB para atacar Dilma e Aécio

Dupla fez promessas ambiciosas como reforma tributária imediata e redução da inflação e da violência

MARINA DIAS ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA NATUZA NERY DE BRASÍLIA

Ao formalizar sua candidatura à Presidência, Eduardo Campos (PSB) fez promessas ambiciosas para tirar a economia do "atoleiro" que, segundo ele, foi criado pela presidente Dilma Rousseff e se posicionou claramente contra o também oposicionista Aécio Neves (PSDB).

Ao lado de sua companheira de chapa, Marina Silva, o ex-governador de Pernambuco se comprometeu na convenção do PSB a realizar uma reforma tributária no primeiro ano de um eventual governo --com implantação gradual em um longo período.

A proposta de uma reforma tributária imediata já havia sido feita por Aécio, em encontro com empresários na Bahia, em maio. No mesmo evento, Campos fora menos ousado e prometera entregar uma reforma "de nível internacional" em oito anos.

Na convenção deste sábado (28), Campos prometeu inverter a "equação perversa" de inflação alta com crescimento baixo e afirmou que reduzirá índices de violência ano a ano e que irá universalizar a escola pública de qualidade e em período integral após quatro anos de governo.

Ao estabelecer metas objetivas, o candidato do PSB tenta se diferenciar dos oponentes, que foram mais generalistas sobre o programa de governo em suas convenções.

Campos se comprometeu ainda a manter programas sociais do atual governo como o Bolsa Família, o ProUni e o Minha Casa, Minha Vida.

Apesar de ter governado Pernambuco com uma ampla coalizão de partidos, voltou a defender o fim da "velha política" e criticou acordos baseados na troca de cargos por apoio eleitoral, citando o "espetáculo deprimente" ocorrido nos últimos dias com a "dança de ministérios".

A declaração se refere à decisão de Dilma em contemplar o PR em mudança ministerial para não perder tempo de TV na campanha.

Numa tentativa de justificar as alianças do PSB com os partidos de Aécio e Dilma em Estados como São Paulo e Rio, Campos afirmou que vai dialogar com "as melhores pessoas e partidos" que estejam dispostos a "somar forças pelo Brasil".

Em seguida, atacou Aécio implicitamente. "Conosco, vai acabar essa história de suga-suga. O partido hoje suga de um lado apenas para sugar amanhã do outro. E tem gente que acha isso bonito. Isso é inaceitável."

Na semana passada, o tucano causou polêmica ao mandar um recado aos partidos da base governista: "suguem mais um pouco, depois venham para o nosso lado".

As críticas de Campos a Aécio são recentes. Até pouco tempo, ambos cumpriam um pacto de não agressão que passava pelo apoio mútuo em um eventual segundo turno.

Marina também fez críticas implícitas ao tucano em seu discurso, que durou quinze minutos a mais do que o de Campos, o que exasperou assessores em razão da proximidade do jogo do Brasil.

CONTRA A REELEIÇÃO

Em sua fala, Campos usou muito a expressão "ao final de quatro anos" e Marina discursou contra a reeleição.

As declarações remetem ao suposto acordo firmado entre os dois, nove meses atrás, como base da aliança: Campos governaria por um mandato, eventualmente abrindo espaço para Marina em 2018.


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