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PSDB defende legado tucano ao lançar Alckmin à reeleição

Em evento sem FHC, partido prega continuidade em SP e mudança no Planalto

Convenção foi marcada por constrangimentos pela falta de acordo na indicação do nome à candidatura ao Senado

GABRIELA TERENZI DANIELA LIMA DE SÃO PAULO

O PSDB oficializou neste domingo (29) a candidatura à reeleição do governador Geraldo Alckmin com um discurso que precisou defender a continuidade, na esfera estadual, ao mesmo tempo em que pedia mudança, no plano federal.

A convenção tucana ocorreu num clima de desconforto interno em razão de divergências sobre o nome a ser indicado na disputa ao Senado.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que discutiu com Alckmin na semana passada por causa do impasse, não foi ao evento. A versão oficial para a ausência é que ele se prepara para uma viagem internacional.

Para defender a permanência do partido em São Paulo, a convenção exaltou o legado da sigla no Estado desde 1995, quando Mário Covas iniciou a era tucana.

O evento serviu ainda de palanque para discursos em defesa da troca no comando do Palácio do Planalto, com ataques ao governo de Dilma Rousseff (PT).

O candidato do PSDB à sucessão presidencial, senador Aécio Neves, clamou "pela continuidade do que deu certo em São Paulo e pelo fim daquilo que vem infelicitando os brasileiros nas ações do governo federal".

Na mesma linha, o ex-governador José Serra (PSDB) ressaltou que não se pode ter medo de mudar no país, mas que é necessário reeleger o PSDB para que São Paulo "continue a ser uma das forças que movem o Brasil".

Os dois tucanos fizeram duros ataques ao PT. Aécio acusou os petistas de tentarem subir ao poder para ascender economicamente. Serra chamou de "pregação terrorista" a campanha da sigla.

Em discurso no qual evitou adotar um tom nacional, Alckmin fez críticas indiretas aos seus principais oponentes na disputa eleitoral: Alexandre Padilha (PT) e Paulo Skaf (PMDB).

"Muitos vieram a São Paulo para semear a discórdia e o caos, mas eles não chegaram e não vão chegar", disse.

De acordo com ele, São Paulo não quer "esperteza" nem "arrogância".

A convenção tucana ocorreu sob o constrangimento do fracasso nas negociações de aliança com o PSD. Na sexta-feira (27), o partido do ex-prefeito Gilberto Kassab anunciou apoio a Skaf, adversário do PSDB na disputa estadual.

Em discurso, o candidato a vice-governador na chapa tucana, Márcio França (PSB), tratou a questão de forma velada: "Que bom que conseguimos purificar nossa canoa. Havia gente que não cabia nesse padrão [da coligação]. Que bom que escolheram outros caminhos, vão se sentir melhor por lá", disse.

CAMPOS

A menção ao presidenciável Eduardo Campos (PSB) no discurso feito por França, companheiro de partido do ex-governador de Pernambuco, constrangeu Aécio. Em São Paulo, os dois candidatos dividirão o palanque de Alckmin, o que não agrada o senador mineiro.

"Vamos mostrar que somos capazes de lutar por candidaturas federais diferentes. Quem sabe não vão os dois ao segundo turno?", disse.

Outra saia-justa ocorreu no discurso de Serra, que criticou economistas que avaliam que o Brasil "não tem poupança e não tem capital para poder investir". A análise foi feita, em entrevista recente, pelo ex-presidente do Banco Central Arminio Fraga, que integra a campanha de Aécio.


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