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Joaquim Barbosa preside hoje a sua última sessão no Supremo

Ministro manifestou desagrado com a nova composição da corte

MATHEUS LEITÃO DE BRASÍLIA

Primeiro negro a assumir a presidência do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, 59, vai comandar nesta terça-feira (1) sua última sessão na mais alta corte do país.

Ele anunciou há um mês sua aposentadoria do Supremo, onde poderia permanecer até 2024, quando completará 70 anos --idade em que os ministros são obrigados a deixar o cargo.

Polêmico, Barbosa foi figura central do julgamento do mensalão, o mais rumoroso da história da corte. Apontado relator do processo em 2006, também foi responsável por conduzir o julgamento a partir de 2012, quando assumiu a presidência do STF.

O julgamento terminou com 24 pessoas condenadas --19 presas-- por envolvimento num esquema que distribuiu milhões a partidos políticos que apoiaram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seu primeiro mandato.

O caso foi concluído pelo STF em 2012, mas algumas condenações foram revistas neste ano, após a entrada de novos ministros na corte.

Barbosa manifestou no plenário seu desagrado com as mudanças, apontando uma "maioria de circunstância" formada especialmente após a chegada de Luís Roberto Barroso e Teori Zavascki. Para Barbosa, eles incentivaram uma "sanha reformadora".

Durante os 11 anos em que esteve no Supremo, Barbosa também gerou controvérsia ao acusar associações de magistrados de corporativismo e confrontar jornalistas e advogados.

Alvo de críticas, mas também de admiração, Barbosa era cotado para se candidatar nas eleições deste ano, mas não se desincompatibilizou a tempo de poder concorrer.


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