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Governo federal anuncia pacote de R$ 480 milhões para cinema e TV

Programa Brasil de Todas as Telas também inclui R$ 723 milhões já anunciados no ano passado

Valor deve ser usado para bancar filmes e séries nacionais, além de ampliar e reformar salas de cinema no país

DE BRASÍLIA DE SÃO PAULO

A presidente Dilma Rousseff assinou ontem (1º) decreto criando o Brasil de Todas as Telas, programa que deverá destinar novos R$ 480 milhões para estimular produções de TV e cinema no país.

Lançado pelo governo como "o maior e mais importante programa de fomento ao setor audiovisual já desenvolvido no país", o pacote tem valor total de R$ 1,2 bilhão, mas a maior parte dos recursos já havia sido anunciada anteriormente.

Os novos recursos serão incorporados ao FSA (Fundo Setorial do Audiovisual), que já conta com R$ 413 milhões para a produção e R$ 310 milhões para digitalização e ampliação de salas de cinema, divulgados em dezembro.

O FSA é gerido pela Ancine (Agência Nacional de Cinema) e voltado a desenvolver a cadeia do audiovisual.

Apesar de incluir valores já anunciados, o presidente da Ancine, Manoel Rangel, disse que não se trata de pacote antigo com nova roupagem. "Algumas ações ainda não haviam sido postas em prática", afirmou.

Rangel também não vê no programa uma forma de privilegiar o cinema e a TV diante de outras áreas da cultura. "O fundo é abastecido com contribuição cobrada do próprio setor audiovisual. Não competimos com recursos de outros setores", afirma.

A meta é patrocinar cerca de 250 novos projetos por ano, entre curtas, longas-metragens, séries e minisséries.

A Ancine também prevê a desburocratização da liberação das verbas, uma das principais críticas feitas por produtores. Pelo Sistema de Suporte Financeiro Automático, que passa a vigorar hoje (2), empresas cujas obras já deram lucro receberão recursos mais rapidamente.

O dinheiro também deve estimular capacitação e formação de profissionais do setor, reforma de salas de cinema e produções autorais.

Segundo a ministra da Cultura, Marta Suplicy, trata-se de sete vezes mais recursos do que a pasta repassa para o setor atualmente.

"A lei, que exige um percentual de filmes nacionais sendo exibidos, ficava com dificuldade de ser cumprida à medida que os recursos para que a produção fosse executada eram poucos", disse.

Hoje, canais de TV paga que exibem filmes, séries, animação e documentários são obrigados a dedicar 3h30 semanais de seu horário nobre a produções brasileiras.

Em cerimônia prestigiada por artistas e cineastas no Planalto, Dilma disse ser espectadora de filmes --mas gostar "muito de livro". "Empata. O livro ganha. Ainda sou de uma geração que conseguiu imaginar o que podia com a leitura."

Dilma quebrou o protocolo e cumprimentou antes de todas as autoridades presentes o ator Cauã Reymond. "Não é todo dia que a gente tem um Cauã aqui", disse.


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