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Judiciário do Rio prorroga a prisão de cinco ativistas
Defesa já solicitou a liberdade dos acusados de promover atos violentos
Entre os manifestantes que seguem detidos está Elisa Quadros, conhecida por atuar no Ocupa Câmara
A Justiça do Rio determinou nesta quarta-feira (16) a prorrogação da prisão temporária de cinco dos 19 manifestantes detidos na véspera da final da Copa do Mundo por mais cinco dias.
Ainda nesta quarta, a defesa dos cinco acusados pediu a liberdade provisória dos manifestantes. A expectativa é que o desembargador Siro Darlan, da 7ª Câmara Criminal do Rio de Janeiro, acate o pedido, a exemplo do que fez nesta terça, quando aceitou habeas corpus para 12 ativistas --antes, a Justiça havia divulgado que eram 13.
A Delegacia de Repreensão aos Crimes de Internet investiga a participação do grupo em protestos violentos. O inquérito, aberto em setembro, ainda não foi finalizado.
À Folha o desembargador afirmou que a "prisão não estava bem fundamentada" e que não havia elementos na decisão do juiz de primeira instância que justificassem manter os ativistas na cadeia.
Também nesta quarta (16), magistrados da 1ª Vara da Infância e da Juventude determinaram a liberação dos dois menores apreendidos na operação de sábado.
Os presos que receberam o benefício da liberdade aguardavam na noite desta quarta a tramitação dos alvarás de soltura. Nenhum havia deixado o complexo penitenciário de Bangu, na zona norte, até a conclusão desta edição.
Entre os manifestantes que tiveram prisão prorrogada está Elisa de Quadros Pinto Sanzi, a "Sininho", conhecida por sua atuação no "Ocupa Câmara", acampamento de protesto montado do lado de fora da Câmara Municipal do Rio, em agosto passado.
Além dela, seguem presos Camila Jourdan e Igor Pereira D'Icarahy. Segundo a polícia, com os dois foram encontrados um explosivo e uma garrafa com gasolina. Também continuam na cadeia Tiago Teixeira Neves da Rocha, que transmitia os protestos, e Eduarda Oliveira Castro de Souza.