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Eleições 2014

Campos acumula promessas e lança programa de carreira para médicos

Plano federal atenderia entidades de classe e rivaliza com Mais Médicos, vitrine do governo Dilma

Candidato do PSB, que tenta alavancar nas pesquisas, já havia prometido passe livre no início da semana

RANIER BRAGON DE BRASÍLIA MARINA DIAS DE SÃO PAULO

Na tentativa de se firmar como uma opção viável à polarização entre o PT e o PSDB e decolar nas pesquisas de intenção de voto, o candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, vai lançar nos próximos dias novas promessas de governo.

Está pronta para sair do forno uma proposta na área de saúde que atende a uma antiga reivindicação das entidades de classe e rivaliza com o Mais Médicos, uma das vitrines da campanha à reeleição de Dilma Rousseff (PT).

Trata-se da criação de um plano de carreira federal para médicos, com evolução salarial ao longo dos anos, entre outros benefícios.

A campanha do ex-governador de Pernambuco estuda lançar a ideia na inauguração do comitê central de Campos, nesta segunda (21), na zona sul de São Paulo.

Com a proposta, o candidato agrada as entidades médicas que rejeitaram o Mais Médicos, cujo objetivo é suprir a carência de profissionais nas periferias e também no interior do Brasil.

A principal crítica é quanto à vinda de médicos estrangeiros --os cubanos somam cerca de 80%-- sem diplomas revalidados. A solução defendida é a melhora da infraestrutura dos serviços de saúde e a promoção de carreira de Estado para os médicos.

Não existe hoje uma carreira federal no país. Há somente concursos federais para determinados hospitais e instituições, e carreiras nos âmbitos estadual e municipal.

Terceiro colocado nas pesquisas de intenção de voto --8% no Datafolha--, Campos tem como meta superar o também oposicionista Aécio Neves (PSDB), que tem 20%, e seguir para um segundo turno contra Dilma.

A série de promessas feitas por Campos nas últimas semanas tem ainda como objetivo diferenciá-lo do tucano, classificado pelo pernambucano como integrante da "oposição conservadora".

Campos já prometeu passe livre para estudantes durante encontro com universitários de escolas públicas e privadas de São Paulo, como mostrou a Folha.

Disse a empresários que irá apresentar em agosto proposta de emenda constitucional para a reforma tributária, e sua campanha confirma que defenderá o fim do fator previdenciário --que reduz o valor da aposentadoria de quem deixa o trabalho mais cedo.

Na relação da União com os municípios, Campos diz que pretende desburocratizar o sistema de repasse de verbas federais às prefeituras, além de aumentar o valor.

A ideia é replicar nacionalmente um programa que ele instituiu em Pernambuco: o de dar às prefeituras, para investimento em infraestrutura, uma parcela extra anual equivalente a um mês de repasse do FPM (Fundo de Participação dos Municípios).

Ainda não há, entretanto, detalhamento de onde viria o dinheiro para cumprir todas essas promessas. Campos diz que sua equipe trabalhará nisso até o fim do mês, quando fica pronta a nova versão de seu programa.

"O objetivo de uma candidatura é anunciar políticas públicas e de governo diferentes das já aplicadas. Essa é a natureza de uma candidatura de oposição que se preze", explica Carlos Siqueira, coordenador-geral da campanha do ex-governador.


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