Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria
IDH do Brasil melhora, mas governo reclama
Ministros argumentam que, com dados mais recentes, indicador do país seria melhor
Os indicadores de saúde, educação e renda do Brasil têm melhorado nos últimos anos, mas em ritmo menor do que o registrado em outros países emergentes.
É o que mostra o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) 2013, divulgado nesta quinta (24) pela ONU. No relatório, o Brasil ocupa o 79º lugar, em lista com 187 países.
Entre 2012 e 2013, o país subiu uma posição no ranking, passando a ter IDH de 0,744 --o que representa avanço de 0,27% em comparação com o indicador anterior (0,742). Quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento.
Entre os Brics (bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), só a Rússia cresceu em ritmo menor que o Brasil (0,13%).
Entre os vizinhos, o desempenho nacional foi superior apenas ao de Argentina (0,25%) e Venezuela (0,13%). O topo da lista é ocupado pela Noruega (0,944); em último lugar está o Níger (0,337).
"O Brasil só não está muito melhor porque, embora tenha feito muitas coisas nos últimos anos, o passivo histórico do país é enorme", disse Jorge Chediek, representante do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) no Brasil.
O país é um dos destaques do relatório, que enaltece o Bolsa Família e a lei de cotas nas instituições federais.
Para 2013, o IDH brasileiro levou em conta expectativa de vida de 73,9 anos, 15,2 anos esperados de escolaridade, 7,2 anos médios de estudo (para a população acima de 25 anos) e renda per capita de US$ 14.275, ajustados pelo poder de compra.
Esse dados, porém, foram criticados pelo governo federal. Ministros argumentam que, se fossem usadas informações mais recentes, o país teria um indicador melhor.