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Nono congresso da Abraji homenageia Elio Gaspari

Colunista da Folha abre exceção e discursa sobre carreira no jornalismo

Santiago Andrade, cinegrafista da Band morto após ter sido ferido num protesto, recebeu homenagem

DE SÃO PAULO

O colunista da Folha e de "O Globo" Elio Gaspari, 70, foi o principal homenageado do 9º Congresso da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), que começou nesta quinta (24) e vai até este sábado (26), na zona sul de São Paulo.

Gaspari trabalhou nas Redações dos principais jornais e revistas do país e publicou uma série de livros sobre o regime militar no Brasil.

Ele evita dar entrevistas ou falar em público, mas abriu uma exceção e discursou no evento. Gaspari falou sobre a carreira e o fazer jornalístico.

"O que o jornalista precisa saber desde a hora em que entra na primeira Redação, atemorizado, até quando acabou a festa?", questionou. "Quando o nosso interlocutor está nos fazendo de bobo. O cara está contando a coisa para nós e está achando que nós somos bobos. Aí cada um faz o que achar melhor: continua fingindo que é bobo ou diz que não é bobo, mas essa é a nossa vida", declarou.

Segundo Gaspari, em muitos casos os jornalistas "realmente serão feitos de bobos", mas "o importante é estar vacinado para a hipótese".

Para escrever seus livros e colunas, Gaspari trabalha com um meticuloso sistema de arquivamento de suas fontes de informações. Ele diz que "vale a pena hoje", mesmo com os recursos que existem na internet, que o jornalista tenha um arquivo.

"Até a ficha 500 a gente acha que lembra de tudo. A partir da ficha 500 o arquivo diz o que você acha", disse.

A homenagem a Gaspari foi precedida de um minidocumentário sobre sua vida e carreira e da fala do jornalista e escritor Zuenir Ventura, amigo do colunista.

HOMENAGENS

Além de Gaspari, o evento teve outros homenageados. O economista, fundador e secretário-geral da ONG Contas Abertas, Gil Castello Branco, recebeu da Abraji prêmio de contribuição ao jornalismo.

A entidade, que acompanha a execução orçamentária de órgãos públicos, fornece subsídios para os veículos de comunicação.

Também foi homenageado o cinegrafista da Band Santiago Andrade, que morreu após ser atingido por um rojão num protesto no Rio, em fevereiro. Sua filha, Vanessa Andrade, o representou.

REDAÇÕES

No congresso, pouco antes das homenagens, os dirigentes dos três maiores jornais do país --Folha, "O Globo" e "O Estado de S. Paulo"-- participaram do seminário "Novo Modelo de Redação: o Fechamento". Eles afirmaram que uma das prioridades dos veículos são os meios digitais.

Com moderação de Alberto Dines, do Observatório da Imprensa, participaram o editor-executivo da Folha, Sérgio Dávila, o diretor de Redação do "Globo", Ascânio Seleme, e o diretor de desenvolvimento do "Estado", Roberto Gazzi. Para Dávila, o jornal deve ter a preocupação de abordar assuntos que todos conhecem de forma original.


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