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Eleições 2014

Gravações ligam aliado de Paes a propina

Vídeo e áudio revelados por "Veja" e "Época" indicam que ex-secretário do prefeito do Rio desviou recursos de convênios

Rodrigo Bethlem foi filmado por ex-mulher; a quem ele atribui desequilíbrio psiquiátrico

DO RIO

Gravações de áudio e vídeo, reveladas pelos sites das revistas "Veja" e "Época", mostram o ex-secretário de Governo do prefeito Eduardo Paes, o deputado federal Rodrigo Bethlem (PMDB), 43, admitindo receber propina na Prefeitura do Rio, além de ter uma conta na Suíça.

Bethlem, que deixou o cargo em abril para tentar a reeleição, foi gravado por sua ex-mulher, a empresária Vanessa Felippe, 38, filha do presidente da Câmara de Vereadores, Jorge Felippe (PMDB).

De acordo com as gravações, Bethlem, um dos homens fortes da gestão Paes, teria desviado recursos em convênios da prefeitura num total de R$ 70 mil por mês.

De acordo com a revista "Veja", o deputado confessou os desvios em discussão com Vanessa.

Desde 2012, ela recebe a pensão de Bethlem. Sempre em dinheiro. Cada remessa continha R$ 20 mil em notas de R$ 100. O dinheiro seria trazido por um assessor do deputado, como ficou demonstrado em vídeo publicado no site da "Época".

Ao reclamar dos pagamentos em espécie, Vanessa instalou câmeras pela casa e gravou conversas com ele.

"Você por acaso não disse que, se eu não desse a metade (dos bens) para você, muita gente gostaria de saber que eu tinha conta na Suíça?", diz o deputado em uma gravação. "Você está careca de saber que fui à Suíça para abrir uma conta lá... Não seja hipócrita", completou.

Manter dinheiro no exterior não é crime, desde que declarado à Receita Federal.

A conta na Suíça não consta das declarações de bens dele. No registro de áudio, o deputado afirma que sua principal fonte de renda era um convênio da prefeitura.

"Eu tenho de receita em torno de R$ 100 mil por mês", afirma, explicando que do contrato retirava entre R$ 65 mil e R$ 70 mil por mês.

Segundo "Veja", o convênio a que Bethlem se refere foi fechado com a ONG Casa Espírita Tesloo. O acordo de R$ 9,6 milhões era para atualizar um cadastro de 408 mil famílias inscritas em programas sociais.

A prefeitura emitiu nota dizendo que "o município espera que o deputado preste os esclarecimentos necessários sobre as denúncias". Bethlem atribuiu as acusações da ex-mulher a um desequilíbrio psiquiátrico.


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