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Direitos Humanos
Tortura ainda é comum no país, diz integrante da Comissão da Verdade
DO RIO - Após colher depoimentos de militares que atuaram na ditadura militar, o coordenador da Comissão Nacional da Verdade, Pedro Dallari, traçou nesta sexta-feira (1º) um paralelo entre o Brasil atual e o do período do regime militar.
"A tortura persiste como uma política sistemática na segurança do país. Ela ainda é vista como algo comum e corriqueiro", declarou Dallari.
O coordenador disse que o caso do pedreiro Amarildo de Souza, morador da Rocinha que foi torturado e morto por policiais militares de uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) em 2013, remete ao caso Rubens Paiva (1929-1971), dado como desaparecido durante o regime militar: "O caso Amarildo é o caso Rubens Paiva", afirmou Dallari.
A advogada Rosa Cardoso, integrante da comissão, disse que o país ainda "usa mecanismos criados desde a época de Getúlio Vargas. Temos que desmontar esses aparelhos de terror", disse, sobre a tortura.