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Três anos após início das obras, presidente visita pela primeira vez a usina de Belo Monte, maior obra do país, mas em agenda de campanha eleitoral

LUCAS REIS ENVIADO ESPECIAL A ALTAMIRA (PA)

Três anos após o início das obras da usina de Belo Monte, maior obra de infraestrutura do Brasil, a presidente Dilma Rousseff esteve pela primeira vez no local nesta terça-feira (5), mas em agenda da campanha eleitoral.

Dilma e a equipe de marketing, liderada pelo publicitário João Santana, utilizaram os canteiros da hidrelétrica no Pará para gravar imagens que serão usadas na propaganda de TV, que começa dia 19.

A viagem a Altamira, uma das cidades que abrigam Belo Monte, ocorre na semana em que a TV Globo começou a fazer cobertura diária da campanha dos candidatos.

A presidente e a equipe de Santana chegaram à usina e sobrevoaram o local em helicóptero da FAB (Força Aérea Brasileira). Segundo a assessoria da campanha, o PT irá ressarcir a FAB pelo uso.

Após o sobrevoo, Dilma gravou vídeo para a propaganda eleitoral no alto de um mirante, distante da imprensa e dos 30 operários selecionados para recebê-la --a pedido do comitê de campanha, integravam o grupo operários mulheres e haitianos.

O local em questão é apelidado pelos operários de "morro da Dilma". Segundo a assessoria do CCBM (Consórcio Construtor Belo Monte), o mirante foi preparado para visita da presidente, que foi cancelada, há dois anos.

Após gravar, Dilma desceu e cumprimentou os 30 trabalhadores com beijos, posou para fotos e conversou com eles por dez minutos, sempre seguida de perto pela equipe de TV da campanha.

Antes de responder a perguntas de jornalistas, Dilma fez um pronunciamento sobre contrapartidas ecológicas e sociais de Belo Monte e cobrou rapidez na construção de 5.000 casas para as famílias afetadas pela obra.

Também comparou seu governo e o de Fernando Henrique Cardoso (PSDB, 1995-2002) e prometeu atenção a assuntos da Amazônia, como o transporte hidroviário.

Após a entrevista, percorreu as obras da casa de força da usina. Depois, em evento vetado à imprensa, almoçou com operários no refeitório.

Em entrevista, Dilma disse que o consórcio construtor tem "obrigação" de concluir a obra em 2016 --o que representa atraso, já que a primeira turbina deveria produzir em fevereiro de 2015. A obra --controversa pelo baixo rendimento e pelo impacto ambiental e social-- tem custo estimado em R$ 30 bilhões.

Ainda na tarde desta terça, Dilma visitou uma linha de transmissão às margens do rio Amazonas, em Almeirim (PA), mas em agenda presidencial. A reportagem questionou a assessoria do Planalto sobre a mistura de agendas de campanha e atos oficiais em horário de expediente, mas não obteve resposta até a conclusão desta edição.


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