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Tragédia na eleição

Lula procura PSB e diz que conversará com Marina Silva

Ex-presidente afirma que a morte de Eduardo Campos muda a conjuntura política da sucessão presidencial

Apesar das investidas para atrair o PSB, comando do PT avalia que Marina deverá ser a candidata do partido

CATIA SEABRA DE SÃO PAULO

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (14) que a morte do candidato à Presidência e ex-governador Eduardo Campos (PSB) muda o quadro eleitoral. Disposto a estabelecer canal com o PSB, ele conversou com o presidente do partido, Roberto Amaral, principal resistência à escolha de Marina Silva para a corrida presidencial.

Em entrevista na sede do Instituto Lula, ele disse que também telefonará para Marina, a quem declarou "apreço pessoal muito grande".

"Obviamente que muda a conjuntura política. Não sei o tamanho do impacto. Vamos esperar", admitiu Lula, acrescentando que será necessário "enterrar Campos e seus companheiros" antes de falar de política.

Lula fez questão de ressaltar os laços históricos de Marina com o PT.

"Respeito Marina como companheira há trinta e poucos anos, fundadora do PT, ministra de meu governo e como candidata [...]. Vou falar com Marina porque gosto pessoalmente muito dela."

Apesar das investidas de petistas para atrair o PSB --que incluiu telefonemas aos líderes do partido--, o comando do PT se rendeu à evidência de que Marina deverá substituir Campos na cabeça de chapa para o Planalto.

Segundo petistas, a candidatura de Marina levará a disputa para o segundo turno, frustrando o desejo de reeleição de Dilma Rousseff já em 5 de outubro. Mas, em contrapartida, será mais nociva ao PSDB. Marina, avaliam petistas, é uma ameaça maior a Aécio Neves, até porque nunca declararia seu voto ao tucano num eventual segundo turno entre ele e Dilma.

Por duas vezes, Lula lembrou que foi a presidente quem o informou sobre o acidente aéreo na manhã de quarta-feira. Ao comentar a morte de um político que classifica como "promissor", Lula contou que sua relação com Campos provocava uma "ciumeira no PT".

"Nenhum ser humano está preparado para receber a notícia como recebi ontem da presidenta Dilma [...]. O Brasil não merecia isso."

Emocionado, Lula disse que ele e Campos eram "dois companheiros". Ao falar de Campos, ele lembrou também a morte do governador de Sergipe, Marcelo Deda, em dezembro do ano passado.

Ele contou ter telefonado para Renata, viúva de Campos, para confortá-la. "A única coisa que pude dizer: Tenha fé, acredite em Deus. Você tem que se agarrar em alguma coisa'. O caçulinha de seis meses deve ser a força motora para que ela encontre prazer em viver", disse Lula, que participará, ao lado de Marisa, do velório de Campos.


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