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No Recife, cemitério onde Campos será enterrado passa por reparos

Calçamento do local é consertado, e túmulos próximos são cobertos com cal branca

FERNANDO CANZIAN ENVIADO ESPECIAL AO RECIFE

Dezenas de pessoas que participavam de cinco velórios simultâneos ontem no Cemitério de Santo Amaro, no Recife, ficaram surpresas com a movimentação de caminhões, pessoal de limpeza e pintores que invadiram o mais tradicional local de sepultamentos na cidade.

Um exército de funcionários da Emlurb, empresa pública responsável pelo cemitério, está no local desde quarta (31) à tarde preparando o terreno para o enterro do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos.

Ele deverá ser sepultado em um jazigo simples, rodeado de flores, ao lado do avô, Miguel Arraes, morto no mesmo dia 13 de agosto que Campos, há nove anos.

O cemitério público tem desde mausoléus suntuosos a valas simples.

Nesta quinta (14), havia pelo menos oito buracos contíguos em uma área de chão de terra, bem próxima ao túmulo de Arraes, esperando pelos mortos do dia.

Todo o calçamento em frente ao jazigo onde Campos deve ser enterrado estava sendo remendado. Ao redor, alguns túmulos acinzentados pela ação do tempo eram cobertos com cal branca.

Um pouco mais atrás, a poucos metros, onde se realizava um funeral, havia dezenas de túmulos quebrados e sem identificação de a quem pertencem.

"Sou velha e tenho vindo aqui com bastante frequência nos últimos anos por causa dos amigos que se vão", disse Severina Castro, 74. "É bom que deem um trato no cemitério."

De um modo geral, mesmo longe do jazigo da família Arraes, o local é, em se tratando de um cemitério, bastante agradável e relativamente sombreado.

Mas muitas das famílias mais abastadas e conhecidas do Recife vêm optando, nos últimos anos, por enterrar seus mortos no município vizinho de Paulista, onde fica o Morada da Paz.

É lá onde está enterrado, por exemplo, o escritor Ariano Suassuna, morto no final de julho.

Há mais tempo, artistas como Reginaldo Rossi e José Domingos de Moraes, o Dominguinhos, também foram para Paulista.

No caso de Dominguinhos, só temporariamente.

Depois de uma disputa familiar, o corpo do sanfoneiro acabou sendo exumado no ano passado e enterrado definitivamente em sua terra natal, Garanhuns.


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