Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Poder

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Tragédia na eleição

Para equipes de campanha, morte zera o jogo eleitoral

Única certeza, dizem integrantes, é que segundo turno está assegurado

Marina Silva, que será oficializada candidata na quarta, afirmou que 'as ideias não morrem', ao falar de Campos

NATUZA NERY VALDO CRUZ ENVIADOS ESPECIAIS AO RECIFE

Integrantes das três principais campanhas presidenciais fizeram neste domingo (17) avaliação semelhante durante o velório de Eduardo Campos: a candidatura de Marina Silva, em meio a uma comoção nacional, zerou o cronômetro da eleição.

Reservadamente, diversos representantes dos comitês eleitorais afirmam que a única certeza agora é de que haverá segundo turno.

Para muitos, o efeito da morte de Campos sobre a popularidade de sua substituta na cabeça de chapa decantará nas próximas duas semanas. Só então então será possível avaliar, com mais clareza, o cenário da sucessão.

Durante o voo que a levou ao Recife, Marina afirmou que a morte do candidato impõe a ela "responsabilidade" e que pretende manter os compromissos que definiu com o aliado. As afirmações foram feitas aos jornais "O Estado de S. Paulo" e "O Globo".

"Penso que existe uma providência divina em relação a mim, ao Miguel [filho mais novo de Campos], a Renata [viúva do candidato] e ao Molina [sobrinho e assessor]", disse Marina ao "O Globo".

Auxiliares de Dilma Rousseff presentes à cerimônia fúnebre não escondiam preocupação com a reviravolta do quadro eleitoral. Tucanos também exibiam apreensão.

No PT e no PSDB, a expectativa é de um segundo turno entre a presidente da República e o candidato do PSDB, Aécio Neves (MG).

Em comum está a avaliação de que Marina tem um discurso fundamentalista em diversos setores e sua eventual vitória traria riscos ao país. Tudo indica que a ex-senadora sofrerá dos dois grupos adversários a mesma investida negativa feita contra Lula em 2002.

Para o PSB, a morte de Campos aumentará o cacife elitoral de Marina para além do conquistado em 2010, quando ficou em terceiro lugar com 20 milhões de votos.

A mexida radical no quadro da sucessão já provocou ajustes no tom da campanha tucana. Se, antes, o slogan era mudança, agora transmitirá a ideia de "mudança com segurança".

Marina, que será oficializada na quarta-feira (20) candidata pelo PSB, afirmou, ao falar de seu ex-companheiro de chapa, que "as ideias não morrem". A ex-senadora tem evitado fazer qualquer comentário sobre seu futuro papel na sucessão.

Seus aliados no PSB acreditam que o principal desafio nas próximas semanas será consolidar o percentual de intenções de voto que novas pesquisas vão mostrar.

Na quarta, a coligação deve escolher o vice na chapa. O mais cotado é o deputado Beto Albuquerque (RS).


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página