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Cai pessimismo com economia, diz pesquisa
Diminui proporção de eleitores que esperam um aumento da inflação e do desemprego
O pessimismo com a economia diminuiu de julho para cá, aponta a pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda (18). Isso ajuda a explicar os 38% de ótimo e bom do governo Dilma, a melhor marca desde abril deste ano.
Segundo o Datafolha, a proporção de eleitores que esperam aumento de inflação nos próximos meses caiu de 58%, em julho, para 52%; e o dos que creem na queda dos preços subiu de 8% para 12%.
Do ponto de vista do mercado, o pessimismo com a economia aumentou. Segundo Boletim Focus do Banco Central divulgado nesta segunda (18), a estimativa dos analistas para o crescimento da economia neste ano é de 0,79% --na semana passada, a previsão era de 0,81%.
Segundo a pesquisa, diminuiu ainda o pessimismo sobre o mercado de trabalho. O número de pessoas que creem num desemprego maior caiu de 42% para 38%, e o dos que esperam um desemprego menor subiu de 18% para 25%.
A expectativa sobre o poder de compra dos salários também melhorou, mas divide o eleitorado: para 31% o poder vai crescer, 29% acham que ele vai diminuir, e 31% dizem que ficará como está.
Já os analistas de mercado veem uma perda de força na economia brasileira no segundo trimestre, sinalizada pelos resultados do varejo e da indústria que, respectivamente, recuaram 2% e 0,6% sobre o primeiro trimestre.
Em entrevista ao programa Poder e Política, da Folha e do UOL, o ministro Guido Mantega (Fazenda), disse que o governo manterá a política gradualista de combate à inflação. Para ele, seria fácil reduzir a inflação rapidamente: "É só colocar uma bala de canhão: chuta o juro para cima, a economia vai definhar, você vai ter recessão. Aí sim você vai ter uma inflação baixa. Mas aí é a paz do cemitério".