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Eleições 2014

Marina faz acenos a rivais para combater desconfiança

Ex-senadora promete na TV 'dialogar' e buscar 'melhores cabeças' nos partidos

Em campanha no Recife, candidata do PSB diz que adversários como o tucano Serra apoiariam seu governo

DE SÃO PAULO DO RECIFE

A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, prometeu neste sábado (23) dialogar com partidos políticos adversários se for eleita e buscar ajuda de seus integrantes para governar, numa tentativa de combater desconfianças que pairam sobre sua candidatura.

Em sua estreia no horário de propaganda eleitoral no rádio e na televisão, Marina disse que existe "gente boa em todos os partidos" e que acha possível reunir "as melhores cabeças" para promover as mudanças que o país deseja.

Ao discursar num ato de campanha no Recife, Marina chegou a citar o ex-governador José Serra (PSDB), candidato ao Senado nas eleições deste ano, entre os políticos adversários que poderiam apoiar um eventual governo liderado por ela. Nas eleições de 2010, quando a presidente Dilma Rousseff foi eleita, Serra ficou em segundo lugar e Marina terminou em terceiro.

Serra disputa agora uma das vagas de São Paulo no Senado contra o Eduardo Suplicy (PT), que concorre à reeleição. O PSB apoia a chapa dos tucanos em São Paulo e indicou o deputado federal Márcio França como vice do governador Geraldo Alckmin, que também tenta a reeleição.

"Mesmo que estejamos em palanques diferentes, se não for o Suplicy e for o Serra, eu tenho certeza que ele não vai nos faltar", disse Marina.

Ela foi contra a aliança do PSB com os tucanos, fechada quando o candidato do PSB à Presidência era o ex-governador Eduardo Campos, morto em acidente aéreo no dia 13.

Em seu programa no horário eleitoral, Marina não citou explicitamente o PSDB nem o PT, partido em que iniciou sua carreira política e com o qual rompeu antes das eleições de 2010. Mas ela criticou as duas siglas que se revezaram no poder nos últimos anos dizendo que "não conseguem mais dialogar" e "estão dividindo os brasileiros numa guerra".

Ex-colega de Dilma no ministério do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Marina criticou a atual rival de forma indireta ao reprovar as mudanças que ela fez em junho no Ministério dos Transportes para assegurar o apoio do PR a sua campanha e mais tempo para fazer propaganda na TV: "Não vamos nos submeter à chantagem política de ninguém", afirmou.

Marina assumiu a candidatura presidencial do PSB na quarta-feira (20) em meio a divergências com antigos aliados de Campos na cúpula do partido. Petistas e tucanos têm atacado sua candidatura lançando dúvidas sobre sua capacidade de montar uma equipe de governo e obter apoio no Congresso.

No Recife, terra de Eduardo Campos, Marina fez uma caminhada no bairro pobre de Casa Amarela e discursou em cima de um tablado. "O PT e o PSDB fazem a polarização. Não se escutam. E se eles não se escutam, como vão escutar a sociedade brasileira?", disse a candidata.

Além de Suplicy e Serra, Marina incluiu entre os políticos que poderiam apoiar seu eventual governo os senadores Pedro Simon (PMDB-RS) e Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), cujos mandatos se encerram neste ano, e Cristovam Buarque (PDT-DF).


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