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Crise e estrutura frágil desafiam campanha do PSB

DE BRASÍLIA

A boa posição de Marina Silva nas primeiras pesquisas eleitorais não foi suficiente para reduzir os problemas que sua candidatura enfrenta. Além da natural desordem após a morte de Eduardo Campos, a montagem de uma nova cúpula de campanha provocou uma crise no PSB.

Terceira colocada em 2010 e até então resignada com o papel de coadjuvante neste ano, a ex-ministra do Meio Ambiente corre contra o tempo para estruturar sua recém-confirmada inscrição na cabeça da chapa presidencial.

O desafio imediato é triplo: pacificar o PSB, consolidar-se como a opção do eleitorado insatisfeito e, ao mesmo tempo, neutralizar as já perceptíveis críticas que podem limitar seu crescimento.

Além de apresentá-la como alguém carente de apoio para governar, opositores deverão apontá-la como adversária do agronegócio, inepta no campo econômico e atrasada em assuntos comportamentais, influenciável pelas posições conservadoras de sua religião --ela é evangélica da Assembleia de Deus.

Nos dias que se seguiram à queda do avião de Campos, Marina e sua equipe se dividiram entre o luto e o turbilhão de articulações que a alçaria à candidata ao Planalto, movimentação que não foi bem aceita por setores do PSB.

A legenda indicou para o posto de vice o deputado Beto Albuquerque (RS), com bom trânsito na sigla. Mas a composição não evitou atritos, como a estrepitosa saída do coordenador-geral da campanha, Carlos Siqueira (PSB), que se sentiu desprestigiado.

Muito ligado a Campos, Siqueira deixou a função afirmando que Marina não representa "nem de longe" o legado do ex-governador.

Para seu lugar foi indicada a deputada e ex-prefeita Luiza Erundina (PSB-SP), que é próxima de Marina, mas tem influência reduzida na sigla.

Além de programas de TV que já estavam preparados, a morte de Campos levará para o lixo um grande volume de impressos produzidos com o mote "Eduardo e Marina".

Em ato no Recife neste sábado (23), Marina usou um adesivo antigo, com Campos como o cabeça da chapa.

A demora para ajustar a propaganda de TV é outro exemplo das dificuldades.

Na quarta (20), a equipe de marketing dizia abertamente não ter ideia do que iria levar ao ar no dia seguinte, o segundo do horário eleitoral. Acabaram mostrando só trechos do discurso de Marina depois da reunião da executiva do PSB que a homologou candidata.


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