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Ausência de Alckmin esvazia 1º debate de candidatos em SP
Skaf evita declarar apoio a Dilma e diz que votará em Temer para vice
A ausência do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), esfriou o primeiro debate entre os candidatos ao Palácio dos Bandeirantes, promovido pela Band neste sábado (23).
Internado desde a sexta-feira (22) com uma infecção bacteriana, ele cancelou sua participação na véspera do evento e acabou poupado de críticas diretas pelas principais adversários.
Candidato à reeleição, Alckmin lidera a disputa com 55% das intenções de voto, segundo a última pesquisa Datafolha. Paulo Skaf (PMDB), segundo colocado, ensaiou um começo de debate quente citando números de estupros, assaltos e mortes no Estado, mas destinou as suas criticas ao "governo" e ao "governador", sem citar Alckmin nominalmente.
Ele elegeu a segurança pública como o principal mote de suas críticas e disse ser favorável à redução da maioridade penal.
Logo no início de sua apresentação, no entanto, passou por uma saia justa ao ser questionado sobre quem terá seu voto para a Presidência da República.
O PMDB tem a vaga de vice na chapa de Dilma Rousseff (PT), com Michel Temer,mas Skaf tem evitado apoiar a petista com receio de que a rejeição dela no Estado atrapalhe sua campanha.
"O meu voto, um em 140 milhões, é do Michel Temer", respondeu. "Até parece que o senhor vive na época do João Goulart, quando se votava em vice", rebateu Laércio Benko (PHS).
Foi a deixa para que o candidato do PT, Alexandre Padilha, declarasse ter "muito orgulho" em ter participado nas gestões de Lula e Dilma.
Com 5% no Datafolha, o ex-ministro da Saúde disse ter "uma década" de experiência em gestão pública e exaltou a criação do programa Mais Médicos.