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Eleições 2014

Para Pezão, Rio não precisa de tropas federais

Relatório da Secretaria de Segurança diz que grupos armados estão interferindo em campanhas em 41 comunidades

Anthony Garotinho, candidato pelo PR, cancelou agenda no Complexo do Alemão alegando insegurança

DO RIO

O governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) disse nesta terça-feira (26) que não considera necessário o envio de tropas federais para garantir a campanha de candidatos em favelas da região metropolitana do Estado.

A declaração foi dada durante caminhada na Rocinha, favela da zona sul, horas depois de um tiroteio. O deputado Anthony Garotinho, que é candidato pelo PR, cancelou agenda no Complexo do Alemão (zona norte) alegando insegurança.

Pezão, que disputa a reeleição, disse, contudo, que a decisão sobre pedir ou não as tropas será do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Estado. A corte vai definir nesta quarta-feira (27) se fará a solicitação ao governo federal.

A posição de Pezão foi alvo de críticas do desembargador eleitoral Fábio Uchôa, favorável ao envio das tropas federais.

Relatório da Secretaria de Segurança entregue ao magistrado indica que grupos armados estão interferindo em campanhas em 41 comunidades da região metropolitana. O documento descreve situações em que quadrilhas estariam beneficiando alguns candidatos e impedindo a entrada de outros.

"Se não há necessidade de apoio das forças federais, o que fazer nessas áreas de risco para regularidade do pleito eleitoral como um todo?", questionou Uchôa.

Pezão disse não ver problema na atuação do Exército ou da Força Nacional, como em anos anteriores. Mas argumentou que considera desnecessário o pedido.

"Não temos problema nenhum em pedir apoio às forças de segurança, se o TRE fizer esse pedido com a gente. Quem sempre pediu foi o TRE, sempre foi assim. O secretário [de Segurança, José Mariano] Beltrame acha que temos condições de garantir as eleições. Se ele sentir que não, vai ser como nos outros anos", afirmou.

Beltrame disse que a polícia investiga eventuais limites às campanhas. Mas afirmou que não houve registro formal de ameaças contra candidatos. "Informalmente, não dá para trabalhar."

CANCELAMENTO

Nesta terça, Pezão se recusou a comentar a decisão de Garotinho de cancelar agenda no Complexo do Alemão alegando insegurança.

"Entro em comunidades desde 2007. Nada me inibe. Pode apagar meu número das placas, não tem problema. Eu sei que onde eu ando, estou no coração do povo", afirmou o peemedebista.

A declaração de Pezão foi dada na Rocinha horas depois de uma troca de tiros entre policiais civis e criminosos. A Core (Coordenadoria de Recursos Especiais) fez uma operação no local no início da manhã.

O governador afirmou que a polícia realiza operações de forma autônoma, sem ser "pautada pela agenda política" da campanha.

"A área de segurança tem autonomia. Não tem interferência política. Ele faz operação a hora que ele quiser."

Pezão estava acompanhado de candidatos a deputados, entre eles Marco Antônio Cabral (PMDB), filho do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB).

Ele disse que teve placas danificadas em bairros da zona oeste.


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