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Eleições 2014

Marina adota discurso de usineiros e ataca política federal para o etanol

Candidata do PSB promete estímulo à fonte de energia alternativa, que perdeu lucratividade

Ex-senadora acenou ao agronegócio e disse que é possível falar em agropecuária sem ser contra o meio ambiente

DO ENVIADO A SERTÃOZINHO (SP)

Candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva adotou nesta quinta-feira (28) o discurso dos usineiros e atacou a política do governo Dilma Rousseff (PT) para o setor sucroenergético.

Em visita à Fenasucro, em Sertãozinho (a 333 km de São Paulo), Marina disse que, se eleita, corrigirá as políticas "equivocadas" adotadas pelo governo federal e prometeu ainda criar um marco regulatório para o setor.

Usineiros têm criticado medidas da União como a manutenção do preço artificial da gasolina para conter a inflação, o que impede melhor remuneração ao etanol.

"Vocês fizeram o dever de casa, se ajustaram, acreditaram na propaganda do governo, assumiram compromissos para fornecer uma fonte de energia que deveria ser estimulada, apoiada. Mas os erros que foram praticados devem ser corrigidos", disse Marina em discurso para 300 pessoas, entre lideranças e empresários do setor.

Vista ainda com ressalvas por representantes do agronegócio, Marina disse que se o atual governo tivesse feito "menos propaganda" e tivesse "mais governança", o setor não estaria na situação em que se encontra hoje.

A candidata afirmou que o setor procurou se ajustar para produzir com sustentabilidade e citou como exemplo a mecanização da colheita de cana de açúcar, "para evitar a mão de obra de penúria".

"Vocês fizeram tudo isso e olha o prêmio que recebem: o incentivo a uma matriz energética suja, que prejudica o setor [sucroalcooleiro]."

Marina prometeu ainda criar "um marco regulatório com regras claras" para que as empresas voltem a investir no setor e disse que a medida está em seu programa.

Marina, porém, negou que tenha visitado a feira para agradar aos representantes do agronegócio e disse que o compromisso havia sido firmado por Eduardo Campos, seu ex-companheiro de chapa morto em 13 de agosto.

A candidata falou ainda que deve manter a Embrapa "forte e vigorosa" e que é possível aliar a defesa do ambiente às atividades agrícolas. "Há uma visão equivocada de que quando se fala em agricultura e pecuária significa ser contra o meio ambiente. É possível juntar as coisas numa mesma equação."

Para Marina, o Brasil continuará sendo potência agrícola, elevando a produção com ganho de produtividade.

AMADOR

Durante o seu discurso, Marina respondeu ao candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, que afirmou que o Brasil não pode ser governado por "amadores".

"Dizem que o Brasil não pode ser governado por amadores dos sonhos, mas o Brasil terá que escolher e apostar no sonho de que possamos ter um Estado eficiente, escolhendo os melhores e não os indicados por interesses partidários", declarou.


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