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PT avalia aproximação do setor privado

Entrada de Marina reacendeu na campanha dilmista debate sobre necessidade de fazer acenos ao empresariado

No interior paulista para evento do PMDB, presidente disse que propostas da rival são 'ideias aventureiras'

VALDO CRUZ DE BRASÍLIA

A entrada de Marina Silva (PSB) na disputa eleitoral, ameaçando a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), reacendeu na campanha petista o debate sobre a necessidade de acenar ao setor privado, sinalizando ajustes na política econômica para 2015.

Segundo assessores, era praticamente impossível disputar a simpatia do empresariado com Aécio Neves (PSDB). Com Marina, a avaliação é que isto é factível.

A Folha apurou que a ideia tem apoio entre assessores, no grupo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e até em setores do governo, mas Dilma não tomou decisão.

Antes da morte de Eduardo Campos, a presidente costumava dizer que não adiantava fazer sinalizações para um setor que já tinha lado. Agora, destacam assessores, o cenário é diferente: Marina causava, no passado, arrepios no setor privado.

Um auxiliar presidencial diz, porém, que Dilma ainda não emitiu nenhum sinal de que acatará a proposta e, além disso, há dúvidas dentro do governo sobre o que prometer ao setor privado.

Um caminho imediato, para parte da campanha, é explorar contradições da ex-senadora com setores como empreiteiras, mineradoras e até com o mercado financeiro.

O ideal, dizem, seria sinalizar ajustes na política econômica para recuperar a credibilidade do governo, o que implicaria compromisso com transparência na área fiscal.

'AUTORITARISMO'

Em Jales (a 585 km de São Paulo) neste sábado (30) para evento do PMDB, Dilma associou o discurso de Marina ao do regime militar.

"Na ditadura, dizia-se que o empresário era para fazer negócios e o estudante era só para estudar. Todas as pessoas tinham de trabalhar e os poucos e os bons iam governar", disse. "Em uma democracia, quem não governa com partidos está flertando com o autoritarismo."

Na página de Dilma no Facebook, também no sábado, foi postado um texto intitulado "Incoerência Crônica", que critica Marina, e refere-se a ela como "grande ponto de interrogação" e "evangélica fervorosa", pelo programa de governo do PSB.

No evento, Dilma dividiu palanque com Paulo Skaf (PMDB), candidato ao governo paulista que se nega a declarar apoio à sua reeleição. Ele citou a petista rapidamente, mas não declarou apoio.


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