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PT usa pré-sal para tentar frear Marina no Rio

Encontro deve reunir quatro candidatos ao governo fluminense, Lula e sindicalistas

ITALO NOGUEIRA DO RIO

A campanha da presidente Dilma Rousseff vai promover um encontro no Rio em defesa dos investimentos na exploração do pré-sal e visando minar o avanço de Marina Silva (PSB) no Estado.

O evento deve reunir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidatos ao governo fluminense e sindicalistas. A intenção é colar em Marina a imagem de ameaça às receitas do Estado, em razão da pouca atenção dada ao pré-sal no programa de governo da ex-senadora.

O documento afirma que o petróleo seguirá como principal fonte da matriz energética, mas indica investimento em tecnologias para "limpar" a matriz.

"Colocar em dúvida o investimento no pré-sal cria uma confusão nacional. Imagina o prejuízo aos contratos internacionais", disse o prefeito de Duque de Caxias, Alexandre Cardoso (sem partido), que organiza o evento.

Além do pré-sal, o encontro defenderá a política de conteúdo nacional da Petrobras, que é criticada no programa de Marina.

A candidata reagiu na sexta-feira (5). Afirmou que "uma série de mentiras estão sendo lançadas no Rio". "O nosso compromisso é com a exploração do pré-sal sem prejuízo para os Estados produtores", disse. Ela se referia também à manchete do jornal "O Dia", que afirmou que a ex-senadora é favorável à redistribuição dos royalties.

O objetivo da campanha é também vincular a Dilma quatro nomes ao governo do Rio: Marcelo Crivella (PRB), Anthony Garotinho (PR), Luiz Fernando Pezão (PMDB) e Lindbergh Farias (PT).

Os organizadores do encontro lembram que os quatro somam 80% das intenções de votos, segundo o Datafolha, enquanto Dilma tem 31% no Estado. Marina tem 37% da preferência.

"A gente quer alavancar a campanha [de Dilma] para pelo menos retomar o patamar de 43% [obtidos na campanha de 2010]", disse o vice-prefeito do Rio, Adilson Pires, coordenador de campanha da petista no Estado.

A data do encontro ainda não está definida. Ele poderá ser usado também como um álibi para a atração de prefeitos e deputados que aderiram ao "Aezão", movimento em apoio a Aécio e à reeleição do governador Pezão.

Com a queda de Aécio nas pesquisas, políticos que aderiram ao movimento acenam reaproximação. O prefeito de Queimados, Max Lemos (PMDB), disse que apoia o tucano, mas participaria do encontro em defesa do pré-sal. "É lógico que deve ter um viés político. Mas sendo em defesa do Estado...", disse.


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