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Análise

Empreiteiras e contas no exterior serão o foco agora

FERNANDO RODRIGUES DE BRASÍLIA

Os próximos passos da Operação Lava Jato devem ser empreiteiras, diretores dessas empresas e contas no exterior usadas para o pagamento de propinas a partir de negócios da Petrobras.

Essa é a convicção de um "pool" inédito de advogados e consultores a serviço de várias empreiteiras que estão citadas na investigação. A Folha falou com várias pessoas desse grupo, que trocam informações entre si e com os familiares de presos por causa da Operação Lava Jato.

Nunca as empreiteiras se juntaram em "pool" para usar uma estratégia comum de defesa. Só esse fato já demonstra como consideram grave o episódio atual.

No depoimento de Paulo Roberto Costa há elementos que indicam de maneira detalhada como eram abertas contas bancárias no exterior. Os depósitos nessas contas eram resultado de propinas cobradas das empreiteiras que tinham negócios com a estatal.

Paulo Roberto Costa detalhou quais são as empreiteiras, quem eram os diretores e presidentes dessas empresas que tratavam do assunto, onde são as contas bancárias e quem eram os beneficiados dos desvios de dinheiro.

Os recursos eram pagos no exterior, pois as empreiteiras têm subsidiárias em vários países. Assim ficam menos rastros dos pagamentos. O retorno das propinas ao Brasil era feito por meio de um esquema com doleiros, do qual faz parte Alberto Youssef.

Os advogados e consultores com quem a Folha neste sábado (6) estão sem saber como agir porque o juiz encarregado do caso, Sérgio Moro, está tendo o cuidado de impedir falhas processuais que permitam a paralisação do processo. A parte mais visível da investigação, com o envolvimento de congressistas e partidos políticos, está toda compartimentada e remetida ao Supremo, pois esse é o foro adequado. Nenhum réu pode tentar melar apuração sob o argumento de que está sendo incluído em um processo de maneira indevida.

Já a investigação sobre as empreiteiras continua com Sérgio Moro, em Curitiba.


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