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PSB monta força-tarefa, e Marina defende Campos

Sigla levanta dados de obras da Petrobras para revidar citação em esquema
Ex-governador aparece em lista de envolvidos em corrupção; candidata não quer 'ver Eduardo morrer duas vezes'

MARINA DIAS DE SÃO PAULO MÁRIO BITTENCOURT COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM BRUMADO (BA)

A cúpula do PSB mobilizou dirigentes do partido para levantar toda a documentação referente à construção da refinaria Abreu e Lima e preparar uma defesa do ex-governador Eduardo Campos (PE), morto em 13 de agosto.

O então presidenciável aparece na lista de políticos citados pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa que teriam sido beneficiados por um esquema bilionário de corrupção na estatal, de acordo com a revista "Veja".

Em campanha em Brumado (BA) neste sábado (6), a candidata Marina Silva saiu em defesa de Campos. "O fato de ter um empreendimento [da Petrobras] no Estado não dá o direito a quem quer que seja [de incluir Campos] na lista dos que cometeram qualquer irregularidade."

Em Vitória da Conquista (BA), ela ressaltou a importância de aguardar as investigações. "Não queremos ver Eduardo [Campos] morrer duas vezes", disse, segundo o site do "Valor Econômico".

A ex-senadora criticou a gestão da Petrobras no governo do PT. "O governo tem que explicar a má governança que tem levado a empresa a uma quase total falência."

O deputado federal Beto Albuquerque (PSB-RS), vice na chapa de Marina, também saiu em defesa de Campos. "As bases do Planalto começam a tremer porque ele [Costa] está na Petrobras há mais de 12 anos. Se roubou, se ajudou os políticos a roubarem, o governo que está aí haverá de ser punido nas urnas."

Mais tarde, o PSB soltou nota sobre o caso, dizendo que o próprio Campos liderou pedidos de investigação na Petrobras quando surgiram as primeiras denúncias de corrupção. "Já como pré-candidato à Presidência, Eduardo defendeu a inclusão das obras da refinaria Abreu e Lima como um dos itens a serem investigados pela CPI."

"O esquema perverso para desgastar a imagem de Eduardo Campos tem origem no espectro da derrota próxima daquelas forças que há 20 anos sustentam uma polarização política, cujo único objetivo é assegurar o poder pelo poder, usufruído de forma indecorosa, como sabe a sociedade brasileira", diz a nota.

NA TV

A cúpula da campanha de Marina foi informada sobre a divulgação da lista de Costa na tarde de sexta (5), mas ainda não tinha confirmação sobre a citação a Campos.

A partir daí, a avaliação foi a de que a candidata precisaria ir à TV tratar do tema. Falar da Petrobras via pré-sal, avaliaram interlocutores, seria uma forma de ela se defender dos ataques petistas e também criar a vacina que sua candidatura precisa diante do assunto Petrobras.

Na noite de sexta, em São Paulo, ela gravou o depoimento que foi ao ar no sábado: "No meu governo os recursos do pré-sal vão ser usados para a saúde e a educação, não para a corrupção".

Segundo aliados, as acusações de que Marina não dará prioridade à exploração do pré-sal caso seja eleita em outubro são uma "cortina de fumaça" para que o PT esconda as denúncias que Paulo Roberto Costa faria contra pessoas ligadas ao governo.

Outra crítica que Marina tenta rebater é a de que não tem como fazer um governo que consiga aprovar projetos importantes no Congresso, já que o PSB possui uma base de poucos parlamentares.


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