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Aécio ataca Dilma e diz que ela não pode 'dizer que não sabia'
Tucano tenta ligar presidente a acusações de ex-diretor da Petrobras envolvendo nomes da base do governo
Candidato recebe apoio de pastores no Rio e afirma ser contra legalizar aborto e descriminalizar drogas
O candidato à Presidência da República pelo PSDB, Aécio Neves, cobrou uma manifestação mais contundente da presidente Dilma Rousseff (PT) sobre as acusações do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa ligando políticos da base governista a um esquema de propinas.
Além de voltar a chamar o episódio de "mensalão dois", o tucano procurou responsabilizar a adversária petista.
"Não dá para a presidente Dilma dizer que não sabia o que vinha acontecendo", afirmou Aécio, após visitar neste domingo (7) a igreja evangélica Ministério Flor de Lis, em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio.
"A marca mais perversa do governo do PT é o aparelhamento do Estado. Eles têm um plano para se perpetuar no poder, causando situações como esta da Petrobras. Os cargos de direção precisam ser ocupados por pessoas sem ligação com partidos políticos e não por pessoas que negociem, troquem favores", completou o candidato.
A campanha tucana vai explorar as novas suspeitas para tentar reverter o cenário de crise. Aécio está em terceiro nas pesquisas desde a morte de Eduardo Campos e a entrada de Marina Silva, pelo PSB, na corrida eleitoral.
APOIO DE PASTORES
No domingo, Aécio ouviu relatos de pastores que se disseram ex-traficantes do Comando Vermelho, facção criminosa que atua em morros do Rio. Ele recebeu declaração de apoio de dirigentes da igreja --os pastores Flor de Lis e Anderson do Carmo.
O segmento evangélico é um dos redutos da adversária Marina Silva, que é ligada à igreja Assembleia de Deus.
Ele se comprometeu com os cerca de 300 fiéis em ser contrário à legalização do aborto e à descriminalização das drogas. "Reafirmo meu compromisso, minhas crenças com estes temas", disse.
Observado pela mãe, Inês, e por Gabriela, sua filha mais velha, Aécio fechou apresentação sobre seu programa na área de prevenção às drogas cantando o tema evangélico "Volta por Cima", de mãos dadas com a pastora Flor de Lis.
Ao descer do palco, ele brincou com o crescimento de Marina Silva nas pesquisas, que o exclui de um eventual segundo turno. "Ainda bem que faltam quatro semanas para a eleição", afirmou.
