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Eleições 2014

Governo de petista deixou quadrilha em estatal, diz Marina

Candidata do PSB acusa conivência com problemas na Petrobras, mas poupa Dilma de responsabilidade direta

Para Aécio, presidente foi 'beneficiária' política de esquema; tucano citará caso no seu programa eleitoral

MARINA DIAS DANIELA LIMA DE SÃO PAULO

A candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, acusou o governo do PT de manter no posto a "quadrilha que está acabando com a Petrobras", mas evitou responsabilizar pessoalmente a presidente Dilma Rousseff pelo escândalo na estatal.

"Quem manteve toda essa quadrilha que está acabando com a Petrobras é o atual governo, que, conivente, deixou que todo esse desmande acontecesse em uma das empresas mais importantes do país", disse Marina nesta segunda-feira (8), após visita a uma creche em São Paulo.

"A presidente [Dilma] tem responsabilidades políticas. Eu não seria leviana em dizer que ela tem responsabilidade direta, pessoalmente", concluiu a candidata do PSB.

Nome dos tucanos na disputa, Aécio Neves foi mais contundente em relação ao envolvimento de Dilma com o caso e disse que a presidente se beneficiou politicamente do esquema que está sendo investigado na Petrobras.

"Não acredito que a presidente da República tenha recebido recursos desse esquema. Mas, do ponto de vista político, ela foi beneficiária, sim. E tinha a obrigação de saber aquilo que acontece no seu entorno", afirmou o tucano, durante evento em Belém.

Mais tarde, Aécio ironizou afirmação de Dilma de que jamais imaginou haver "malfeitos" em negócios da Petrobras. "Se não sabia, não pode governar mais o Brasil por absoluta incapacidade. Se sabia, a coisa é mais grave", atacou ele, em um vídeo publicado em suas redes sociais.

A investigação sobre desvios na Petrobras ganhou nova dimensão no sábado (6), quando a revista "Veja" informou, sem detalhes nem valores, os nomes de 12 políticos citados pelo ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa como envolvidos no esquema.

Entre eles aparece o do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, ex-companheiro de chapa de Marina Silva, morto em 13 de agosto em um acidente aéreo.

Os presidentes da Câmara (Henrique Eduardo Alves) e do Senado (Renan Calheiros), o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, deputados e senadores da base do governo também foram listados. Eles negam as acusações.

PETROBRAS NA TV

Na tentativa de colar o escândalo em Dilma, Aécio levará o caso para seu programa eleitoral na TV. O tucano cobrará, já na peça que vai ao ar nesta terça (9), ação da petista diante do que chama de "assalto" na Petrobras.

"Agora que a inflação está de volta, que o país não cresce e que a Petrobras é assaltada, sou eu quem acuso o governo de jogar fora o patrimônio e a esperança do povo brasileiro. Está na hora de dar um basta em tanta corrupção e em tanto desrespeito", dirá o tucano em inserções.

O candidato do PSDB não poupa Marina, a quem atribui uma estratégia de "vitimização". No comitê dela, a ordem é manter a defensiva e o fôlego para chegar ao segundo turno. Em reunião no domingo (7), a cúpula da campanha previu uma "perda de substância" de Marina nas próximas pesquisas.


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