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Donos de jato que caiu com Campos querem ressarcir danos em prédios
Empresários tentam acordo extrajudicial como famílias de Santos
Os compradores do avião que caiu com o então candidato à Presidência Eduardo Campos querem indenizar os donos dos imóveis danificados no acidente ocorrido em Santos no dia 13 de agosto.
Na ocasião, sete pessoas morreram --Campos, quatro assessores e os dois pilotos.
Por meio de advogados, os empresários pernambucanos João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho e Apolo Santana Vieira têm procurado famílias de Santos para tentar negociar acordos extrajudiciais.
A aeronave, um Cessna Citation, estava registrada na Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) em nome do grupo A.F. Andrade, dono de usinas de açúcar. Em maio, Mello Filho e Vieira acertaram a compra do avião e chegaram a pagar parcelas do financiamento, sem, porém, informar a venda à Anac.
"O que nos importa é pagar as indenizações", disse o advogado dos dois empresários, Carlos Gonçalves Junior.
Eles decidiram pagar as indenizações por "razão humanitária", disse o advogado.
Mas a tentativa de acordo se limita apenas a ressarcir os danos nos imóveis. Não está nos planos dos empresários indenizar familiares dos pilotos e passageiros do jato.
"Essa responsabilidade será apurada em momento posterior", afirma o advogado.
A Polícia Federal e a Aeronáutica apuram as causas da tragédia; ainda não há conclusões a respeito.
Também está sob investigação a possibilidade de crime eleitoral no uso do avião por Eduardo Campos. O jato era utilizado desde o início da campanha pelo ex-governador, mas ainda não apareceu na prestação de contas do PSB à Justiça Eleitoral.