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Eleições 2014

Ex-diretor da Petrobras foi demitido por falta de 'afinidade', diz Dilma

Presidente afirma que executivo preso neste ano por suspeitas na estatal não era de sua confiança

Segundo petista, Brasil vive 'crise de representação' e há 'gente corrupta' em 'todos os partidos'

DE BRASÍLIA

A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, afirmou, na sexta (12), que demitiu o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa por falta de "afinidade".

Em sabatina do jornal "O Globo", a petista voltou a dizer que não sabia de esquema de corrupção na estatal.

"Se eu tivesse sabido qualquer coisa sobre o Paulo Roberto, ele teria sido demitido e investigado. Não deixei ele lá. Eu tirei [o diretor] com um ano e quatro meses. Primeiro, eu não sabia o que ele estava fazendo. Ele não era uma pessoa da minha confiança. Não é nem confiança. Ele não tinha afinidade", disse.

Preso neste ano na Operação Lava Jato por envolvimento em um esquema de desvio de recursos, Costa havia sido indicado para a diretoria de Abastecimento pelo PP, partido da base aliada do governo.

Segundo Dilma, "em todos os partidos tem gente corrupta, tem gente que não é corrupta", inclusive no PT.

"E os partidos têm seus compromissos históricos. O democrata tem o seu, o republicano americano representa sua trajetória de luta. Se tem equívocos, o meu partido, o PT, tem história de lutas, de militância. Tem pessoas que se equivocaram no PT, mas nem por isso apedreja-se o partido", disse.

Para ela, há uma crise de representação política no Brasil e é preciso fazer uma reforma política por meio de referendos ou plebiscitos.

Dilma afirmou que acredita na importância dos partidos, por mais que o país tenha um número elevado de siglas e que o governo precise negociar com elas.

"Quem tem bons partidos tem democracias históricas. Há uma crise de representação no Brasil", disse.

A presidente não aceitou a crítica de que entregou cargos na Esplanada para garantir apoio de alguns partidos. "Você negocia, mas negocia tudo aquilo que acredita que não vai prejudicar a soberania, o interesse do seu país."

ADVERSÁRIA

Dilma voltou a criticar a adversária Marina Silva ao dizer que ela está se vitimizando diante de ataques da petista.

"É perigosa a vitimização. (...) Não estou acusando ela [Marina]. Estou discutindo o programa dela. Estou discutindo os termos políticos postos e propostos por ela em seu programa de campanha."

Sobre a participação da educadora e herdeira do banco Itaú, Maria Alice Setubal, a Neca, na coordenação de campanha da pessebista, Dilma afirmou que ela está agindo como banqueira no pleito por defender a autonomia do Banco Central e porque ela doou dinheiro para uma ONG gerida por Marina.

Questionada sobre ter recebido grandes valores de bancos para sua campanha, Dilma afirmou que as doações foram "institucionais".


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